A Comissão Européia (CE) considera que os controles sanitários brasileiros contra a febre aftosa em geral funcionam, mas que ainda persistem algumas "carências" neste sentido, segundo relatório publicado nesta sexta, dia 9.

A CE, órgão executivo da União Européia (UE), publicou os resultados de uma missão veterinária de especialistas do órgão ao Brasil, realizada em março, para avaliar os sistemas de controle e vigilância contra a febre aftosa.

O órgão executivo conclui que os sistemas de controle são em geral "satisfatórios", mas ressalta que foram encontradas algumas deficiências, que as autoridades da UE já tinham notado em inspeções anteriores.

O bloco europeu estima que as autoridades brasileiras progrediram no estudo de aprovações de permissões para a exportação de carne, apesar de nas certificações as bases de dados não serem "completamente seguras contra fraude".

Quanto à vacinação de animais contra a aftosa, a CE acredita que o Brasil está administrando medicamentos de forma positiva.

A CE recomendou ao Brasil no relatório que tome medidas para solucionar todos os problemas também detectados com relação a testes de laboratório e que revise os sistemas de vigilância para a febre aftosa.

A UE continuará realizando inspeções no Brasil.

Recentemente, a CE pediu ao Governo brasileiro que melhorasse seus controles sobre o gado bovino, em reunião realizada em Bruxelas entre o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e o comissário europeu para a Saúde, Markos Kyprianou.

A CE indicou que poderia tomar medidas se não se forem resolvidas carências, mas por enquanto assegurou que não tem intenção de proibir as importações de carne bovina brasileira, medida que havia sido solicitada por criadores de gado britânicos e irlandeses.