| 10/10/2007 15h27min
Todas as exigências da União Européia para importar a carne bovina brasileira estão sendo cumpridas, principalmente a rastreabilidade, que permite ao consumidor saber todo o histórico do produto, desde o abate do gado. A informação foi dada nesta quarta, dia 10, pelo secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério de Agricultura, Inácio Afonso Kroetz, no programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.
– Esse processo (de rastreabilidade de carne) não pode ser implantado de um dia para o outro. É um processo lento, a médio e longo prazos. Foi construído um novo sistema, que está sendo implantado gradativamente.
De acordo com o secretário, o Brasil tem mais de 200 milhões de bovinos e a rastreabilidade atinge cerca de 12% dos animais que são abatidos para venda à União Européia.
Na terça, dia 9, a Comissão de Saúde da União Européia alertou que poderia suspender as compras, porque o controle feito no país não seria suficiente para garantir que a carne importada viria de áreas livres de febre aftosa.
Kroetz disse que a cada visita da Comissão de Saúde do bloco europeu novas exigências são feitas e todas atendidos no prazo determinado para garantir a qualidade da carne. Para ele, as exigências são normais porque o Brasil é o líder mundial em exportação de carne.
– Temos várias normas sanitárias que regem nossa conduta e execução da defesa sanitária animal. Enfim, são várias ações de médio e longo prazos que foram implantadas e certamente mudará o conceito que se faz da defesa (sanitária) brasileira.
O secretário lembrou que, caso a União Européia resolva barrar a carne brasileira, não vai conseguir um fornecedor com a mesma qualidade e quantidade que o país oferece. As exigências do bloco precisam ser cumpridas até o início de novembro, quando técnicos europeus voltam ao Brasil para fazer nova inspeção.
AGÊNCIA BRASIL