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 | 07/11/2007 09h39min

Petrobras confirma interesse em investir em gás na Bolívia

Presidente da companhia se reuniu com ministro do país

A companhia petrolífera Petrobras confirmou nessa terça-feira, dia 6, o seu interesse em voltar a investir no setor do gás na Bolívia, um ano e meio depois de suspender os seus novos projetos nesse país por causa da nacionalização dos hidrocarbonetos decretada pelo presidente Evo Morales.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou numa entrevista coletiva em La Paz que a estatal está considerando a "necessidade" de realizar novos investimentos para "ampliar a produção de gás" na Bolívia.

As palavras de Gabrielli confirmam o que já as autoridades brasileiras e bolivianas tinham comentado nos últimos dias.

– A complementaridade é clara – disse, ao ressaltar que o Brasil é um país consumidor de gás natural e a Bolívia um dos principais produtores da América do Sul.

A possibilidade de uma "maior colaboração" entre a Petrobras e a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) é real, afirmou Gabrielli, depois de se reunir durante várias horas em La Paz com o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas. Os dois ressaltaram o início de uma nova fase nas relações entre os dois países, especialmente no setor dos hidrocarbonetos.

A Petrobras, maior empresa estrangeira na Bolívia, foi uma das petrolíferas mais afetadas pela decisão do presidente Evo Morales de nacionalizar os hidrocarbonetos, em maio de 2006. Desde então, realiza apenas os investimentos necessários para manter as suas atividades já existentes no país. Hoje a companhia explora na Bolívia os campos de gás natural de Santo Antonio e San Alberto e é responsável pelo gasoduto que transporta até o Brasil cerca da metade do gás consumido pelo país.

Nem Gabrielli nem Villegas ofereceram detalhes sobre possíveis novos investimentos da Petrobras na Bolívia. Eles se limitaram a afirmar que haverá "resultados" após uma nova reunião das equipes técnicas, prevista para a última semana de novembro. A reunião servirá também para preparar a visita à Bolívia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, programada para 12 de dezembro.

Superado o risco de desabastecimento

O governo brasileiro considerou superado o risco de desabastecimento de gás natural no país, pelo menos a curto prazo, e garantiu que não faltará gás para as indústrias e para os automóveis. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Jerson Kelman, disse também que não faltará gás para as usinas termelétricas.

AGÊNCIA EFE

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