| 30/10/2007 16h48min
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, alertou nesta terça, dia 30, que se a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) não for aprovada, o governo terá que eliminar despesas.
— Se o setor público deixa de ter uma fonte importante de receita, certamente terá impacto nas despesas — disse durante audiência pública na Câmara dos Deputados promovida por cinco comissões permanentes da Casa, uma do Senado e uma mista, a Comissão de Orçamento.
Para o presidente do BC, a não aprovação da CPMF aumentaria a dívida brasileira e afetaria o superávit primário (economia para pagamento dos juros). Ele acrescentou que é importante manter o superávit primário para que a dívida pública continue a cair.
Meirelles se posicionou contrário à proposta de que os votos do Comitê de Política Monetária (Copom) fossem abertos.
— Isso não é uma metodologia utilizada na maioria dos bancos centrais — disse.
E afirmou que seriam necessárias oito atas diferentes para divulgar as decisões.
— Seria algo que não é o mais eficiente.
Ao comentar sobre a proposta de criação de um fundo soberano, para investimento de parte das reservas em aplicações mais rentáveis e de maior risco, disse que existem no mundo vários tipos de fundos com finalidades específicas e que os estudos sobre assunto para o Brasil ainda são preliminares.
— Deverão ser papéis financeiros, mas isso ainda é muito preliminar — afirmou.
AGÊNCIA BRASIL