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Eleições  | 04/10/2010 12h13min

Jornais internacionais destacam "vitória insuficiente" de Dilma e papel decisivo de Marina

Espanhol El País chama de decepcionante resultado para o presidente Lula, "o mais popular da história do Brasil"

Os principais jornais internacionais reservaram espaços destacados nesta segunda-feira para a eleição presidencial do Brasil. Ao informar que o pleito será decidido em um segundo turno, em 31 de outubro, grande parte das publicações classificou a vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, como "insuficiente" e a posição da candidata do PV, Marina Silva, que obteve quase 20 milhões de votos, como "decisiva".  

Financial Times



O jornal inglês Financial Times destacou a eleição brasileira na capa de seu site. Ao informar que o pleito irá para o segundo turno, a reportagem afirma que "Dilma Rousseff não conseguiu garantir uma vitória definitiva" e que, diante do resultado, Marina Silva ganhou um papel decisivo na segunda parte.

O texto ainda afirma que, mesmo sem a vitória da candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no domingo, "analistas dizem que ela deve vencer no segundo turno. No entanto, chamam a vitória de "um pressuposto que agora parece questionável".

El País



Na capa de seu site, o espanhol El País também cita a "vitória insuficiente de Dilma" e afirma que Marina se transformou em um fator decisivo para o segundo turno. O jornal informa que a aposta de ganhar o pleito no primeiro turno partia "muito mais do presidente Lula do que do seu partido (PT) e da própria candidata.

A reportagem ainda aponta a sucessora do petista como "pouco conhecida" e classifica como "sem dúvida, decepcionante para o presidente mais popular do Brasil" a ida para o segundo turno. A publicação encerra o texto informando que o PT não conseguiu eleger governadores em São Paulo e Minas Gerais, dois dos maiores colégios eleitorais do Brasil.

New York Times



Assunto de capa da editoria internacional do The New York Times, principal jornal americano, a indefinição do pleito brasileiro e a necessidade de um segundo turno é acompanhada de uma análise. Segundo a publicação, "especialistas não têm grandes dúvidas que Dilma Rousseff deve vencer uma segunda eleição contra José Serra".

"Apesar da falta de experiência política e encanto do público, ela vive uma onda de prosperidade e boa sensação no Brasil sob a liderança de Lula, cujas taxas de aprovação pairam perto de 80%", afirma.

Clarín



O argentino Clarín, que manteve a eleição brasileira como destaque na capa de seu site o dia todo, informou que Marina foi surpresa do pleito e que o tema ambiental gera cada vez mais interesse. "Uma líder ambiental que se transformou em uma revelação", cita o texto.

Ao falar de Dilma, o jornal a descreve como uma "economista de temperamento forte, sem o carisma do presidente Lula". Em sua análise, a jornalista Eleonora Gosman afirma que "o resultado apenas alonga a agonia da oposição".

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