Eleições | 24/08/2010 16h31min
Ao fazer campanha nesta terça-feira em Bauru e Agudos, na região central do Estado de São Paulo, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), disse que a rejeição de sua candidatura "é uma decisão injusta".
— Eu tenho 43 anos de vida pública e não tenho nenhuma condenação penal — justificou.
Ele afirmou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, se necessário ao Supremo Tribunal Federal (STF), porque o recurso que apresentou ao processo tem efeito suspensivo.
— Eu continuo candidato na certeza de que fui o homem publico que mais realizou por este Estado.
Em abril, Maluf foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) por improbidade administrativa pelo suposto envolvimento na compra superfaturada de frangos quando era prefeito da capital paulista, em 1996. Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) negou o registro de candidatura dele. O candidato lembrou que teve os votos favoráveis de dois juízes do TRE e isso favorecerá a sua argumentação nas instâncias superiores.
Falando sobre a sentença que serve de base para sua impugnação, Maluf disse que "a acusação de que houve um prejuízo para a Prefeitura de R$ 22 mil é ridícula".
– A Lei da Ficha Limpa diz que precisa haver dolo. Não dá para acusar o Paulo Maluf de ter enriquecido com a compra dos frangos.
Maluf também procurou minimizar os problemas que tem com a promotoria de Nova York, nos Estados Unidos, que o investiga sobre o envio irregular de dólares supostamente resultantes do superfaturamento de obras públicas.
— Eu tenho lá uma acusação sem processo. E vocês sabem, os EUA invadem o Iraque, o Afeganistão, ameaça o Irã, mas o Brasil não é o quintal deles. O procurador de Nova York quer me ouvir — afirmou.
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