Eleições | 20/08/2010 03h04min
Mesmo na era da internet, as campanhas na TV e no rádio continuam sendo a principal fonte de informação de eleitores. Com a sofisticação da produção dos programas, repletos de estratégias que apelam para a emoção, vale o cuidado redobrado com o que os candidatos estão dizendo. Mais do que nunca, senso crítico é fundamental.
Professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing de Porto Alegre, Flávio Martins lembra que o mercado das classes C e D é um dos que mais crescem no país e, por isso, será alvo preferencial dos mentores das propagandas eleitorais:
– A tendência é de que seja explorada uma linguagem que fale com o povo.
Mas a “regra nº 1” para o eleitor, segundo Martins, é não se guiar exclusivamente pela propaganda. Deve-se comparar com o passado político do candidato e confrontar com a realidade.
Muitos fazem promessas que não poderão cumprir porque não fazem parte das atribuições do cargo a que concorrem. Como boa parte dos eleitores não sabe o que faz um senador ou um deputado, por exemplo, deslumbra-se com promessas fáceis.
Os recursos audiovisuais são eficazes na hora de apelar para a emoção, lembra Izabel Noll, cientista política e professora da UFRGS.
– É o que se chama de neuromarketing. As propagandas hoje têm muito desse apelo à emoção, que busca uma identificação com o eleitor – afirma.
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