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Eleições  | 20/07/2010 09h06min

Dilma critica criminalização dos movimentos sociais

Para a candidata, a questão não pode ser tratada como caso de polícia

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu na noite desta segunda-feira os movimentos sociais, no encerramento do evento em que o PSB lhe entregou as propostas para seu programa de governo.

— O governo é uma instituição que tem que ser de e para todos. Portanto, quando você considera os movimentos sociais, vai ver que representam uma parte da sociedade. Não podem ser reprimidos, recebidos a bordoadas ou criminalizados — sustentou.

Entretanto, ela afirmou que, quando cometem ilegalidades e nos casos em que o Estado de direito tem de se impor, os movimentos devem responder por isso. Ao final, Dilma observou que considera injustificável a falta de diálogo com os movimentos sociais. E defendeu que essas organizações sejam tratadas como questão social, e não como caso de polícia.

PSB apoia movimentos

No documento entregue a Dilma, o PSB defende o fortalecimento dos movimentos sociais. Nesse quesito, o partido se refere, especificamente, ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), defendendo o aumento do diálogo, o fim da repressão e o reconhecimento do atraso na promoção da reforma agrária.

Na terça-feira da semana passada, em um encontro com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Dilma foi pressionada pela entidade a recolocar em sua plataforma de governo propostas que afrouxem as punições para os invasores de propriedades privadas.

"Para avançar é preciso reafirmar e qualificar as metas previstas no 2.º Plano Nacional de Reforma Agrária, atualizar os índices de produtividade e revogar as medidas aprovadas pelo governo FHC (Fernando Henrique Cardoso) que criminalizam a luta pela terra e suas organizações", sustenta um trecho do documento que foi entregue pela Contag à candidata.

O MST é alvo de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em andamento no Congresso Nacional. O colegiado investiga o suposto repasse de recursos públicos a entidades ligadas à organização. Num cochilo dos governistas, a oposição conseguiu aprovar a prorrogação dos trabalhos até o dia 13 de janeiro de 2011.

Agência Estado
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