Eleições | 19/07/2010 03h19min
O tom dos ataques de Indio da Costa (DEM) a Dilma Rousseff e ao PT causou desconforto na coordenação de campanha do presidenciável José Serra (PSDB).
Para aliados, ele exagerou na dose ao questionar as crenças da adversária e ligar seu partido à guerrilha colombiana e ao narcotráfico.
– Não dá para cravar que o PT tenha relação com as Farc – censurou o presidente do DEM, Rodrigo Maia.
Ele evitou criticar publicamente o colega de partido, mas, nos bastidores, demonstrava estar perplexo.
Candidato ao Senado na chapa de Serra em São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) também reprovou o ataque ao PT.
– Não é o momento para fazer esse tipo de conexão – desautorizou o peemedebista.
Embora a coordenação da campanha se exima de responsabilidade pela entrevista de Indio, que foi recrutado para falar ao público jovem, seu discurso coincide com a estratégia tucana de lançar dúvidas sobre Dilma e o PT, poupando o presidente Lula.
Encarregado da comunicação do PSDB na internet, Sérgio Caruso diz que nada foi arquitetado.
– Ele (Indio) não foi brifado. Não foi recrutado (para bater no PT).
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