A derrota para o Grêmio, da forma como aconteceu ontem no Beira-Rio, vai fazer o Inter olhar só para a Libertadores. A finalíssima do Gauchão, no próximo domingo, no Olímpico, terá um bom número de reservas. Três dias depois, haverá o Banfield, pela Libertadores. Aí, sim: ficar fora é tragédia.

O raciocínio é o seguinte: tudo indica que apenas uma jornada épica e extenuante será capaz de dar ao Inter o título gaúcho. Para reverter os 2 a 0 em casa, o prejuízo físico seria enorme para a partida seguinte, na quarta-feira, dia 3 de maio. E o ano do Inter será disputado contra o Banfield. Por isso, o técnico Jorge Fossati foi sincero. Não fez mistério.

— O senhor admite poupar jogadores no próximo Gre-Nal, visando à decisão contra o Banfield?

— Sinceramente? Sim — respondeu o treinador uruguaio.

Fossati surgiu para conceder entrevista uma hora e cinco minutos depois de encerrado o Gre-Nal. Do outro lado, Silas já estava até no ônibus, esperando a hora de ir embora.

O uruguaio tinha o semblante abatido. A tristeza, aliás, é o grande inimigo do momento. Até a hora de enfrentar o Banfield, na quarta-feira, o objetivo é recobrar o ânimo.

Ao escalar todos os titulares, o Inter admitiu publicamente que o Gauchão era importante. Mas a derrota para o Grêmio foi um duro golpe.

— Não podemos deixar a derrota nos abater a ponto de nos tirar força contra o Banfield. A primeira providência é vencer este sentimento de tristeza — disse Fossati.