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 | 09/03/2010 04h31min

Duda Kroeff defende Silas: "Ele nos deu uma taça"

Presidente do grêmio ainda garantiu que seria imprudente trocar de técnico neste momento

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

A parcela da torcida insatisfeita com o técnico Silas terá de se conformar em vê-lo por mais tempo à beira do gramado. Apesar da preocupação com o time, sobretudo com o meio-campo, o presidente Duda Kroeff garantiu ontem apoio irrestrito ao técnico. Negou que esteja sob influência de pressão interna no clube e foi taxativo:

– Seria irresponsabilidade trocar de técnico neste momento. Com Silas, conseguimos nossa primeira taça depois de quase três anos. Só se eu fosse maluco para fazer isso.

Quando se referiu a pressões, Kroeff descartou que haja movimentação interna descontente com o técnico.

Ainda assim, conselheiros com trânsito junto à presidência sugerem mudanças. Um deles disse ter ficado “apavorado” com uma das preleções de Silas. E teme que os defeitos da equipe apareçam nas fases mais difíceis da Copa do Brasil.

Mas o presidente pensa diferente. Garantiu que não aceitará pressão de conselheiros para mudar o técnico. Duda avalia que Silas, apesar de estar começando no clube, já apresenta bons resultados, superior ao de outros técnicos com quem conviveu.

Embora não tenha citado nomes, ficou clara a referência a Paulo Autuori, que saiu sem vencer fora do Olímpico.

O presidente discorda de quem diz que falta vibração ao time. Os problemas, em sua avaliação, podem ser decorrentes do grande número de lesões, que provocam mudanças a todo momento. Ainda assim, ele não descarta procurar Silas para uma conversa, possivelmente hoje, em busca de explicações sobre o rendimento da equipe.

Para Duda, a imprensa interpretou de forma equivocada sua entrevista de sábado, na qual disse que algo não funciona bem em campo. Suas declarações, assegura, não revelavam a intenção de demitir o treinador:

– Tenho responsabilidade com a torcida. Enxerguei o mesmo que ela. O time não jogou bem. Foi só isso.

Segundo ele, não há semelhança com a situação de Vagner Mancini no início de 2008. Considerado ofensivo demais, Mancini foi demitido invicto pelo então presidente, Paulo Odone.

– O presidente era outro. Talvez ele fosse mais apressado. Mas também não posso saber o que se passa na cabeça das pessoas, nem as razões que o levaram a demitir o técnico – afirmou.

O diretor de futebol Luiz Onofre Meira garante que Silas dispõe de “total respaldo da direção.” Ele aposta que o retorno de titulares como Souza, Leandro e Borges, lesionados, daria ao time a estabilidade necessária.

Meira não teme que o Grêmio fraqueje quando cruzar com adversários mais fortes. Cita como exemplo o Gre-Nal de Erechim, segundo ele vencido pelo Inter num lance de sorte, “em que a bola desviou na nuca de um jogador (se referia ao passe de Edu)”.

O dirigente desconhece a pressão para a troca de treinador:

– Essas conversas de corredor são normais, fazem parte da divisão política do clube. Elas não chegam ao vestiário, que está fechado a sete chaves.

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