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 | 05/03/2010 04h34min

Edilson é a aposta da vez para a lateral direita

Desde Anderson Lima, em 2003, time sofre com carência na posição

Em algum lugar do Olímpico, deve ter sido quebrado um espelho em 2003. Já são sete anos de azar na lateral-direita. A mais nova tentativa é Edilson, autor do segundo gol do Grêmio na vitória contra o Avenida. O problema que se arrasta desde a saída de Anderson Lima. Por ironia, quem mais se aproximou da unanimidade foi o zagueiro Mário Fernandes. Mas ele cansou da improvisação e pediu para virar zagueiro.

Alista de quem correu diante da social e da arquibancada sem convencer é longa: George Lucas, Patrício, Alessandro, Paulo Sérgio, Ruy... Felipe Mattioni até caiu nas graças da torcida, mas mal esquentou lugar e foi para o Milan no início de 2009. Coincidência ou não, Anderson Lima, o último lateral sem contestações, estava na última conquista expressiva do clube, a Copa do Brasil de 2001.

O Grêmio apenas reedita um problema de grande parte dos clubes brasileiros. O Flamengo, com Léo Moura, o Cruzeiro, com Jonathan, e o Goiás, com Vitor, podem se orgulhar de ser exceções por contar com laterais qualificados. O São Paulo repatriou Cicinho e espera, depois de recuperá-lo fisicamente, resolver uma carência que, à exceção de Ilsinho, já dura três anos – desde a saída do próprio Cicinho. Para o técnico Paulo Autuori, que passou pelo Olímpico em 2009, o problema é de formação. O técnico do Al-Rayyan, do Catar, lamenta que os clubes priorizem a formação de alas, em vez de laterais.

A fragilidade do Avenida não impediu que Edilson recebesse elogios na estreia. Autor também do passe para o gol de Jonas, deve seguir no time amanhã, contra o Porto Alegre – situação que empurraria Mário Fernandes de volta para a zaga. Segundo Silas, em entrevista após vitória contra o Novo Hamburgo, para a reserva.

Edilson saiu da Ponte e deixou saudade. A torcida protestou contra a direção por vender quem cobrava as faltas e resolvia em momentos mais espinhosos. Talvez por desfrutar de todo esse cartaz em Campinas o lateral fez análise crítica de sua atuação:

– Fiz o gol, mas sei que tenho muito a melhorar. Errei em alguns dos meus pontos fortes, que são as faltas e os cruzamentos.

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