Às vésperas do clássico, um último mistério. Que, a se concretizar, equilibra de vez o Gre-Nal no quesito desfalques. Vou além: se o lateral-esquerdo Kleber realmente não jogar, o favoritismo passa a ser do Grêmio. Mesmo que o Grêmio não tenha Jonas, Maxi López e Tcheco, o primeiro lesionado, os outros dois suspensos pelo terceiro cartão amarelo.

O Inter perde muito sem Kleber. Ou com ele em campo descontado, sentindo dores no joelho esquerdo em um campo molhado, como será o do Beira-Rio depois da chuvarada de sábado. Seria um drama colorado

Saem dos pés de Kleber, mais do que qualquer outro jogador do Inter, os melhores passes para quem estiver em condições de conclusão. É dele um dos maiores índices de assistências do Campeonato Brasileiro. Até não muito tempo, era o primeiro colocado neste quesito.

Vale lembrar que Fabiano Eller, zagueiro com saída de bola segura pelo lado esquerdo, está suspenso. Todo o lado esquerdo ficaria prejudicado, portanto. O substituto, Marcelo Cordeiro, pode até se desmentir no jogo, mas não tem como manter o nível do titular.

Para um time que tinha no ala pela esquerda a sua única jogada eficiente de flanco, perdê-lo significa aumentar as chances de tornar a equipe previsível e fácil de ser marcada. Mesmo sem Maxi, Tcheco e Jonas, o Grêmio reforçaria uma vantagem: a do técnico.

Mário Sérgio recém chegou. Teve pouco tempo para trabalhar e conhecer o grupo, o que é fundamental quando uma lesão atrapalha os planos e é preciso buscar uma solução rápida. Ele não tem culpa disso, mas é a realidade. Paulo Autuori está há meses no Olímpico. Já fez vários testes com jogadores e esquemas, na busca do time ideal.

Bem, mas isso tudo é teoria. E talvez as dores no joelho de Kleber façam parte da guerra de nervos travada nos bastidores de cada Gre-Nal. Talvez tudo se decida na individualidade de um D'Alessandro ou de um Souza, mandando às favas as questões táticas.

Melhor esperar o Gre-Nal 378. Faça chuva ou faça sol, no Beira-Rio.

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