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 | 17/05/2010 10h23min

Imprensa internacional destaca mediação brasileira em acordo entre Irã e Turquia

"Obama enfrenta agora uma escolha vexatória", afirma New York Times

Os principais jornais do mundo noticiam na manhã de hoje o acordo fechado no final da noite de ontem entre Irã e Turquia, sob mediação do presidente Lula. Na internet, as matérias destacam a atuação do Brasil.

— O acordo chega depois da tão anunciada intervenção do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Teerã para promover as relações bilaterais e para participar de uma cúpula de países em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina — diz reportagem do espanhol El Pais.

No site do New York Times, onde o assunto foi manchete até o início da manhã, foi lembrado o acordo fracassado, semelhante ao fechado ontem, que o presidente americano Barack Obama tentou há oito meses atrás. Apesar disso, a posição do presidente ainda seria incerta.

— Obama enfrenta agora uma escolha vexatória. Se ele se for contra o acordo, parecerá que está rejeitando um acordo semelhante ao que ele estava disposto a assinar há oito meses. Mas caso ele aceite, muitas questões urgentes terão de ser resolvidas com o Irã nos próximos meses - principalmente sobre a suspeita de trabalho com armas. Muitos oficiais americanos acreditam que esta é a meta iraniana.

A matéria acrescenta ainda que não está claro que o governo americano irá aceitar o acordo, principalmente porque o Irã continua enriquecendo urânio e aumentando seus estoques. 

A capa do britânico Guardian também destacou o acordo e disponibiliza o texto completo assinado pelos três países:

— Os detalhes do acordo, mediado pelo Brasil, ainda não foram finalizados e precisam ganhar o apoio de outras potências nucleares e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), antes que ela seja implementada — afirma a matéria.

— Turquia e o Brasil apreciam o compromisso do Irã com o TNP e seu papel construtivo na busca da realização dos direitos nucleares de seus países membros. A República Islâmica do Irã igualmente aprecia o esforço construtivo da Turquia e de países amigos como Brasil na criação do ambiente propício para a realização dos direitos nucleares iranianos — diz o último ponto do pacto.

O acordo prevê que o Irã envie à Turquia 1,2 mil quilos de urânio de baixo enriquecimento por urânio enriquecido a 20% para ser usado em pesquisas médicas. A intenção é que a comunidade internacional evite que o Irã seja submetido a sanções por causa de seu programa nuclear.

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