| 06/04/2011 08h11min
O destino foi medonho com Carlos Alberto, que perde uma chance ímpar, talvez única, de justificar a sua vinda para Porto Alegre. Estará no Rio, liberado pela direção para resolver um misterioso problema particular, enquanto o Grêmio decide a sorte na Libertadores contra o Junior, da Colômbia.
Em compensação, os deuses devem estar de bem com Damian Escudero, quem sabe até deliberando em espanhol por estes dias. Que chance melhor poderia haver para o único argentino tímido que conheço?
Oswaldo, pai de Damian, é ex-jogador. Foi parceiro de Maradona no melhor time sub-20 de todos os tempos, o da Argentina campeã mundial em 1979. Brilhou também ao lado de El Diéz no título nacional de 1981, no Boca. Sabe muito bem quando o cavalo passa encilhado no cotidiano de inconstâncias do futebol.
O que talvez explique a emoção imediata quando lhe disse que o filho seria titular em uma partida tão importante "de la Copa", como dizem os argentinos:
— É mesmo? Contra o Junior? Não sabia! Puxa, que lindo, que lindo! Que notícia boa você me dá. Sabe, Damian está muito confiante. Posso garantir isso. Que bela oportunidade...
Para um argentino, se não é tudo, "la Copa" é quase isso. É o que está expresso no sentimento comovente de orgulho de Escudero pai ao saber que verá o herdeiro em ação pela TV em Buenos Aires pela Fox, emissora que detém os direitos de transmissão da Libertadores para o continente.
Ele percebeu na hora: chegou a hora de Escudero filho se libertar de sua timidez e explodir no Grêmio diante de 30 mil gremistas no jogo mais importante do ano até agora no Olímpico.
O destino foi generoso com o canhoto Damian. Entregou-lhe o cenário perfeito. O tamanho do agradecimento está em suas mãos — ou pés.
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Damian Escudero terá sua grande chance no Grêmio amanhã, contra o Junior Barranquilla, no Olímpico
Foto:
Ricardo Duarte
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