| 16/03/2011 14h30min
Além da altitude, o Inter se depara com outro inimigo na Bolívia. Cochabamba. Nesta quarta, o desespero do Jorge Wilstermann pode levar a equipe a recrudescer a defesa, fortalecer o ataque e arremessar-se contra o Colorado de forma inédita na Libertadores. Em dois enfrentamentos na competição, los aviadores foram abalroados duas vezes.
O ímpeto angustiado do Jorge Wilstermann opõe-se à segurança cautelosa do Internacional. O vice de futebol Roberto Siegmann comparou o time boliviano ao Caxias para exemplificar como uma equipe menos técnica consegue se impor diante de clubes com jogadores mais qualificados. Da mesma forma, a comissão técnica e os atletas evitam falar em favoritismo. Para isso, Celso Roth cita o esforço físico despendido a fim de suportar os 90 minutos de jogo na altitude.
Os 2,6 mil metros acima do nível do mar não estão entre as preocupações bolivianas. Mas Leandro Damião, sempre de testa pronta para receber a bola acima dos zagueiros, sim. Los aviadores temem os ataques aéreos do Inter. Trata-se do principal motivo de advertência aplicado por Marcelo Neveleff aos jogadores durante os treinos:
— Tomamos todos os cuidados nas jogadas aéreas porque eles têm o número 9 Leandro Damião, que vai muito bem, e sobretudo estamos atentos aos cruzamentos de Kléber e Nei — disse o técnico ao jornal Opinón.
Foto: Juan Barbosa
O centroavante, porém, não é o único jovem a se destacar no time do Inter. Oscar constitui-se em uma das principais armas de Roth, que optou por mantê-lo para o confronto. Elogiado nos treinamentos e nas últimas partidas, ele arquiteta as jogadas, chega à frente com contundência e passa com qualidade para Damião.
Embora não possa descuidar do centroavante colorado, Neveleff precisa de gols nesta noite. Por isso, o treinador utilizará dois atacantes em sua equipe, formatada no esquema 4-4-2. Municiados por Víctor Hugo Melgar e Luis García, Fabio Lima e Jesús Toscanini serão os responsáveis pelas investidas ofensivas do Wilstermann.
Foto: Divulgação, Inter
Os dois técnicos armam seu time para vencer, já que um empate não agrada a nenhuma das equipes. Para os bolivianos, significaria um adeus antecipado à Libertadores. Para os brasileiros, mais dificuldade do que a imaginada. A vitória, por outro lado, deixaria o Inter na liderança do Grupo 6, com sete pontos, contra seis dos mexicanos do Jaguares. Resta saber quanta qualidade se pode obter do desespero e quanto desgaste físico a altitude pode provocar.
CLICESPORTESLIBERTADORES - FASE DE GRUPOS - 16/03/2011 | |
Horário: 19h30min Local: Felix Capriles, em Cochabamba Arbitragem: Apita o paraguaio Enrique Cáceres, auxiliado por Nicolás Yegros e César Franco |
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Jorge Wilstermann | Inter |
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Mauro Machado; Lucas Fernández, Juan Ignacio Brown, Jusselio da Silva e Juan Carlos Ojeda; Ezequiel Abregú, Cristian Machado, Víctor Hugo Melgar e Luis García Uribe; Jesús Toscanini e Fabio Mineiro | Lauro; Nei, Rodrigo, Sorondo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Tinga, Oscar e Zé Roberto; Leandro Damião |
Técnico: Marcelo Neveleff | Técnico: Celso Roth |
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