| 18/11/2010 07h11min
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Ficar de fora do time em um período decisivo é algo que nenhum jogador deseja. E é isso que acontece com o volante Willian Magrão. Ele passou por uma artroscopia no último dia 13 de outubro e se recupera da cirurgia fazendo tratamento no Olímpico. Só voltará aos treinos com o grupo na pré-temporada de 2011.
Neste ano, ele enfrentou novos problemas com lesões e não conseguiu ganhar sequência, dividindo momentos no campo com o departamento médico. Faltando três rodadas para o fim do Brasileirão, Magrão torce pelo Grêmio na busca por vaga na Libertadores, e aproveita para secar os adversários.
– Secar é o que eu mais estou fazendo – confessa.
O volante não chegou a sentir dores no joelho direito, mas o local inchou e, em conversa com os médicos e o técnico Renato, ficou definido que estava no momento certo para a operação.
– Não sentia dor alguma. Mas na semana do jogo contra o Prudente o joelho começou a inchar, não sabíamos o motivo. Depois fizemos um exame que constatou que tinha machucado a cartilagem. Sentamos, conversamos, e tive que operar – lembra.
A artroscopia foi realizada no mesmo joelho lesionado no início de 2009, quando houve rompimento do ligamento cruzado anterior. Nos últimos dias, Magrão se livrou das muletas e já consegue caminhar apoiando a perna direita no chão. Com elas, ficava difícil ir ao Olímpico, mas ele acompanhou a maioria dos jogos em casa, ou então se informava sobre resultados, principalmente de outros confrontos, por amigos.
– No começo estava complicado, estava de muletas, mas mesmo assim fui em alguns jogos. Na goleada sobre o Ceará eu estava aqui (no Olímpico) – conta.
Magrão, quando ainda estava de muletas.
Foto: Tatiana Lopes.
Libertadores, a obsessão
Em 2008 o Grêmio garantiu classificação para a Libertadores do ano seguinte. Mas Willian Magrão sofreu a lesão no joelho ainda no Gauchão, em fevereiro, e ficou de fora da competição continental. Com a possibilidade de conquistar uma vaga novamente, o volante já começa a sonhar:
– Estou torcendo muito, quero jogar uma Libertadores. Em 2009 faltavam duas semanas para começar a competição e eu me machuquei. Fico muito feliz pelo grupo, pelo que estão fazendo. Estávamos lá embaixo, muita gente se perguntava se o Grêmio ia cair, e hoje brigamos pela Libertadores. Estou contente e muito confiante nessa vaga – destaca.
Apesar de ter sofrido lesões, Magrão avalia seu ano como positivo.
– No começo eu estava "travado", não conseguia saber se ia voltar. "Será que vou conseguir fazer o que fazia em 2008?", me perguntava. E aí me tranquilizavam. Depois da Copa eu já me sentia muito bem tecnicamente e fisicamente. Somando tudo, acho que foi um ano positivo, gostei muito. Pelo meu rendimento, da metade do ano para frente, foi bom – comenta.
Magrão comemora gol marcado sobre o Goiás no Brasileirão. Ele fez dois.
Foto: Jefferson Botega
Apoio dos amigos e da família
Para ajudar na recuperação, Magrão se apoia na família e nos amigos. Ele recebeu um período de descanso para visitar familiares em Mogi Mirim, em São Paulo. Foram 12 dias que serviram para ele se desligar um pouco do futebol e receber carinho.
– Foi essencial o apoio da família, fiquei com meus irmãos, minha mãe, meus primos iam me visitar, eles me ajudaram muito – lembra.
No Olímpico o apoio dos companheiros também faz diferença:
– A maioria dos jogadores vem perguntar, eles incentivam, sempre dão muito apoio – acrescenta.
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