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Sabe aquela música Começar de Novo, de Ivans Lins e Vitor Martins, que canta o recomeço após o fim doído de um grande amor? Bem, não é exatamente o caso do zagueiro Mário Fernandes, mas é parecido. Não é dor no coração – a pior de todas. Mas é dor também.

Então, aos poucos ele vai se livrando das dores no ombro, motivo de uma complexa cirurgia que o deixou quase um mês sem atividade física alguma. Pois o jovem zagueiro cuja técnica chamou a atenção da Inter, de Milão, está pronto para o seu recomeço no Grêmio.

O Márcio Bolzoni, chefe do departamento médico do Grêmio, o considera absolutamente liberado para jogar. Ainda não no time, é claro. Isso não depende dele, mas da preparação física. É preciso readquirir ritmo. Mas do ponto de vista clínico, está zero quilômetro.

– Ele está absolutamente recuperado. O Mário está liberado para qualquer atividade que a comissão técnica julgue necessária – explicou Bolzoni.

Na verdade, o retorno já conta quatro dias. A alforria da rotina no departamento médico e na fisioterapia veio na segunda-feira, após dois meses e 20 dias. Foram dois treinos com bola. Se estivesse em forma, é certo que o técnico Renato Portaluppi o escalaria contra o Vitória, diante da escassez de zagueiros.

Mário Fernandes já elegeu a sua grande aliada: a paciência. Há esperança de voltar como titular, diante do nível que apresentava quando foi operado?

– Não tem jeito – reconhece. – Nem seria justo. O time está bem, e o pessoal ali na zaga vem dando conta do recado. Vou ter paciência e esperar a minha vez.

O zagueiro das arrancadas fulminantes ainda não teve contato com Renato. Quando o técnico chegou, ele estava em tratamento. Com rodadas quarta e domingo e um caminhão de problemas a resolver, Renato nem tinha tempo para bater papo com lesionados.

Mário revela uma certa ansiedade para ter o primeiro contato com o novo chefe. Leia o que diz o zagueiro sobre a vontade de entrar em campo na edição desta sexta de Zero Hora.