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 | 27/02/2010 05h10min

Será este o meio-campo ideal do Grêmio?







Desta vez, Hugo não pode reclamar de má sorte, falta de grife ou qualquer outro motivo. A lesão de Leandro — outra, por sinal, agora na panturrilha esquerda — colocou o ex-meia são-paulino na final do primeiro turno da Taça Fernando Carvalho, contra o Novo Hamburgo. Uma oportunidade de ouro para jogar desde o início, como ele sempre reivindicou, e mostrar futebol consistente para dividir com Douglas as funções de armação do Grêmio. 

Se Hugo der certo na final de amanhã, se atacar e ajudar na marcação como convém a um bom meia, será uma ótima notícia na projeção para o resto da temporada. São raros os clubes no Brasil em condições de contar com dois meias como Douglas e Hugo (foto) no time. A maioria tem um só.

Verdade que, muitas vezes, por opção do treinador, caso do próprio Inter. Mas é raro ver um time com dois volantes de marcação e dois armadores. O certo é que, na hora de optar por esquemas como o 3-5-2, sempre sobra para o articulador. E, mesmo no 4-4-2, vários técnicos escalam três volantes, ainda que o encarregado da terceira função fique mais adiantado.

Hugo é mais jogador de meio-campo do que Leandro. O ataque do São Paulo na final da Libertadores de 2006 era Ricardo Oliveira e Leandro. No Grêmio, ele só não é escalado na frente por que Borges e Jonas desataram a marcar gols, e não se pode condenar à reserva quem faz gols.

Como não vejo maneira de o Grêmio deixar de ser campeão do primeiro turno, apesar da superação e da organização do time de Gilmar Iser, a presença de Hugo pode sinalizar para o meio-campo titular do Grêmio em 2010: Ferdinando, Rochemback, Douglas e Hugo. Pelo menos é o lógico. O Grêmio não contratou Hugo para ser reserva.

Vou além: no imaginário do torcedor, se Fernando receber uma chance na vaga de Ferdinando, é o quarteto ideal. Claro que Rochemback precisa render mais na parte defensiva, mas já é um meio-campo experiente e de respeito.

Como se vê, erguer a taça Fernando Carvalho pode ter significados bem mais amplos do que garantir vaga na final do Gauchão.

E um deles é definir o meio-campo ideal do Grêmio.



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