| 30/11/2009 16h03min
Após encerrar a sua participação na Série B de 2009, o Figueirense agora define o futuro administrativo do clube para a próxima temporada. A Figueirense Participações apresentou um novo projeto ao conselho deliberativo com mudanças no modelo de gestão atual. Existe a possibilidade de criação de uma nova empresa para gerenciar o departamento de futebol e outras partes do Figueirense.
Em entrevista à rádio CBN/Diário, o diretor administrativo e financeiro da Figueirense Participações, João Gonçalves Filho, falou que chegou a hora do Figueirense ter uma empresa que possa investir na compra de direitos federativos de atletas:
— No Brasil, nos últimos cinco anos, a forma de administrar clubes de futebol vem mudando com a participação de grandes empresas que se envolveram na compra de direitos federativos de atletas. Por isso fica difícil para clubes menores, como Figueirense, ter acesso a jogadores mais qualificados. Estes jogadores já estão, digamos assim,
vinculados a grandes empresas. Então
nós precisamos também ter uma empresa que possa fazer investimentos na compra destes direitos, e que possam usar o Figueirense como vitrine, como espaço para este jogadores poderem jogar — disse João.
O diretor explicou que fez questão de levar a proposta de ter uma nova empresa na administração para a aprovação do conselho, para que tudo fique o mais transparente possível:
— Nós também apresentamos para o conselho, embora isso não necessariamente fosse obrigatório, que o nosso contrato de gestão já prevê que a Figueirense Participações possa terceirizar o futebol mas, como é de praxe, o presidente Paulo Prisco tem feio isso ao longo do exercício de sua presidência, tem sempre discutido de forma muito próxima, com o presidente Norton Boppré. Costumamos dizer que o nosso trabalho é feito a quatro mãos mas, nessa situação em particular, resolvemos levar para apreciação do conselho, até para que fique o mais transparente possível esta entrada de uma
nova empresa.
Uma
das solicitações da Figueirense Participações é o aumento da multa em caso de rescisão contratual:
— A multa foi estabelecida em 2004 na assinatura do contrato em R$ 1 milhão, corrigidas a cada dois anos pelo IGPM (Índice Geral de Preços Mercados). Então hoje ela já é mais do que R$ 1 milhão. De qualquer forma, com a mudança deste modelo de gestão que estamos propondo, fica difícil que um parceiro, um contrato, quando ele não tem a segurança de que os investimentos possam ter um retorno de capital. Nós temos que fazer uma adequação desta multa para atender às partes — falou.
João Gonçalves disse que está otimista em relação a resposta do conselho:
— Estamos aguardando uma manifestação positiva do conselho, mesmo porque eu acho que o conselho não vai dizer não. Ele pode ter uma contra-proposta, pode questionar as nossas sugestões, pelo menos é o que nós esperamos. O presidente Paulo Prisco Paraíso já manifestou o seu interesse e interesse da
Figueirense Participações de deixar
de ser a gestora do futebol do Figueirense. Então, nós estamos em um processo de negociação — garantiu.
Segundo informaçõs da rádio CBN/Diário, até o dia 10 de dezembro o conselho deliberativo quer dar uma resposta à Figueirense Participações, mas o que está sendo trabalhado é que o conselho esteja observando outros parceiros, para caso não aceite as propostas feitas pela empresa.
Segundo João gonçalves (foto), uma das solicitações da Figueirense Participações é o aumento do valor da multa contratual em caso de rescisão
Foto:
Ricardo Duarte
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