Neoliberalismo, um modelo predatório
Marco Maia, secretário da Administração e Recursos Humanos do RS

     O 2º Fórum Social Mundial, movimento da sociedade civil, com o apoio do governo do Estado e da prefeitura de Porto Alegre, reunirá pensadores, ONGs do mundo todo e alguns organismos da ONU, com o objetivo de relatar e estudar os gravíssimos problemas sociais e políticos advindos da globalização financeira, que colocou a maioria da humanidade em situação de miséria absoluta, e propor alternativas a esta situação.

     Pela Constituição, os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil são: construir uma sociedade livre, justa e solidária; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais. O que não vem ocorrendo.

     O fosso entre a concentração de riqueza e a miséria é imenso, vergonhoso e inaceitável. Os índices de pobreza e exclusão são indignos da riqueza do nosso país. Conforme relatório sobre Desenvolvimento Humano da ONU, temos 34% de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza. Destes, cerca de 23 milhões são miseráveis. Num universo de mais de 190 nações, só cinco países possuem concentração de renda mais desigual do que o Brasil: Paraguai, Guatemala, Jamaica, Serra Leoa e a República Centro Africana.

     Porém, o mundo continua aprofundando este desequilíbrio social. A diferença de rendimentos entre o país mais rico e o mais pobre, que era de 3 para 1 em 1820, atingiu em 1992 a relação de 72 vezes. Hoje, 1,3 bilhão de pessoas vivem na miséria absoluta na Terra. É evidente que os governos adeptos do neoliberalismo permitiram a situação social caótica, vergonhosa e explosiva.

     O Rio Grande do Sul está servindo de exemplo mundial com o seu modelo de Estado que priorizou a inclusão social e aprofundou a democracia, tornando-a participativa e representativa, via Orçamento Participativo.

     Para honra do povo gaúcho, o mundo está no Rio Grande do Sul buscando a construção de uma sociedade digna do século 21.