Nado Sincronizado

HISTÓRIA
O nado sincronizado surgiu no final do século 19, na Europa, quando nadadores faziam demonstrações artística na água com movimentos fundamentados no balé. O impulso da modalidade, ainda em caráter de apresentação, aconteceu em 1934, na Feira Mundial de Chicago, quando cerca de 60 nadadoras faziam exibições diárias assistidas por mais de 10 mil pessoas. Em 1939, o norte-americano Frank Havlicek teve a idéia de transformar a atividade em competição e escreveu as primeiras regras para um concurso entre nadadoras colegiais. Em 1945, ocorreu a primeira competição norte-americana entre equipes e duetos. As performances individuais surgiram em 1950.

NA OLIMPÍADA
Em 1952, a FINA (Federação Internacional de Natação) aceitou as regras (incluindo figuras e rotinas livres) para competições internacionais com o nome de nado sincronizado, embora definisse o esporte como natação artística. O esporte foi apresentado no Pan-Americano de 1951 e oficializado em 1955. Nos Jogos Olímpicos, a modalidade era exibida desde 1952, mas apenas em 1988 o nado sincronizado passou a integrar oficialmente as olimpíadas.

EQUIPAMENTOS BÁSICOS
  • Nose clip - O prendedor de nariz é vital para evitar que a água entre nas narinas durante os movimentos em que os nadadores ficam de cabeça para baixo dentro da piscina. Durante as competições, os nadadores carregam um prendedor extra no maiô caso o que estejam usando caia durante a execução de algum movimento.
  • Gel - Na falta de um produto mais adequado, gelatina sem sabor dissolvida é utilizada para manter os cabelos dos nadadores impecáveis durante os giros e movimentos executados dentro da água.
  • Maiôs e maquiagem - Assim como a ginástica rítmica e a patinação artística, o nado sincronizado também é um esporte que valoriza o lado visual da competição. Os maiôs, normalmente com acabamento em cetim, devem destacar as performances dos nadadores. A maquiagem realça os sorrisos permanentes, que convencem o público de que os movimentos executados são fáceis e naturais.
REGRAS BÁSICAS
O nado sincronizado é um esporte que requer força corporal, agilidade, graça, beleza, sincronismo, interpretação musical e talento dramático. As regras das competições e os quesitos levados em conta pelos juízes são similares aos utilizados na patinação artística e ginástica rítmica. São três os eventos reconhecidos internacionalmente no nado sincronizado: solo, duetos e equipes (constituídas de oito atletas). Além destes eventos de rotinas, cada competidora deve participar na competição de figuras. As notas recebidas nesta última são adicionadas às recebidas na competição de rotinas para determinar as vencedoras. Realizar uma rotina extenuante e ao mesmo tempo manter uma aparência natural é a qualidade mais importante aos olhos dos juízes. As atletas utilizam músicas para demonstrar suas habilidades, técnica e criatividade. As rotinas são valorizadas pelo emprego de seqüências de movimentos originais e expressivas, ritmo e empatia com o público. Na competição de figuras, as atletas demonstram sem música combinações de posições básicas interligadas por movimentos de transição e balanceadas por contrações musculares, realizadas perante juízes que atribuem notas de 0 a 10. As rotinas são julgadas por uma banca composta por 5 ou 7 árbitros, que dão notas para dois quesitos: mérito técnico e impressão artística. Os exercícios que devem ser executados nas competições de figuras são selecionados a cada quatro anos pelo comitê técnico de nado sincronizado da FINA, levando em consideração a faixa etária das competidoras. Eles são escolhidos de uma listagem geral de figuras, classificadas em quatro grupos: - grupo dos 100 (figuras iniciadas por movimentos básicos de cancans); - grupo dos 200 (figuras começando por arcos de golfinhos); - grupo dos 300 (figuras iniciadas por rotações no eixo lateral); - grupo dos 400 (figuras cuja ação inicial é o movimento de entrada de arco).

PERSONAGEM
Carolyn Waldo, "A Sereia" (CAN) Na estréia da natação sincronizada como modalidade olímpica, em Los Angeles (1984), a canadense Carolyn Waldo contentou-se com a medalha de prata na apresentação solo, assistindo ao triunfo da norte-americana Tracie Ruiz, que conquistou o ouro individual e no dueto. Determinada a ser a melhor, Carolyn acumulou o primeiro lugar nas competições mais importantes do esporte nos três anos seguintes: a Copa do Mundo da FINA, em 1985, o Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos, em 1986, e novamente a Copa do Mundo da FINA, em 1987. No ano seguinte, nos Jogos de Seul, não teve para ninguém. Carolyn Waldo conquistou tanto o ouro na apresentação solo como na de dueto. E entrou para a história do esporte com um mais do que justo apelido: A Sereia.

NA INTERNET
  • site oficial da Federação Internacional de Natação (Fina): www.fina.org
  • site oficial da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA): www.cbda.org.br