A cidade que não para

Com vida noturna intensa, Balneário Camboriú tem restaurantes
e supermercados 24 horas, bares e baladas para todos os gostos

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uando o sol se põe, Balneário Camboriú mostra uma de suas facetas mais procuradas: o lado boêmio, urbano, cosmopolita e cheio de vida. Se de dia fica difícil encontrar um lugar na areia, à noite a cidade não dorme, não para. Bares, baladas, supermercados e restaurantes 24 horas, calçadão lotado e gente, muita gente circulando. A vida noturna é intensa e tem opções para todos os gostos.

– Aqui todo mundo se conecta de alguma maneira, em um bar, na praia, de algum jeito a gente se encontra. A noite de Balneário não tem como excluir os bares, a iluminação na beira do mar, cerveja gelada e gente bonita. Eu venho sempre pra cá quando posso, a melhor escolha é aqui – garante o agricultor paranaense

Matheus Brian Bretzke.

Assim como Matheus milhares de turistas vêm a Balneário em busca de agito ou para conhecer algumas das principais baladas do Estado. Filas nas portas das casas noturnas são cenas comuns e nem por isso afastam os visitantes. Depois da festa, ainda dá para ir para casa de ônibus – na temporada os Bondindinhos operam 24 horas e o principal público são os jovens que circulam

pela madrugada.

A vida noturna do município também atrai a vizinhança. Moradora de Itajaí, a autônoma Andrea Juliatto diz que está quase sempre em Balneário Camboriú. Para ela, a cidade tem gente bonita e divertida e um clima descontraído.

– É uma delícia vir pra cá. A cidade não para nunca. O horário que você vier tem tudo para fazer. Tem bares, baladas, gente passeando. Você pode fazer de tudo, sem falar na tranquilidade – diz.

As luzes, o barulho nas ruas e a atmosfera de agitação que às vezes chateiam moradores não incomodam os notívagos. As amigas Mariana Madalozzo e Valeska Margraf, de Curitiba (PR), sempre passam as férias em Balneário Camboriú e contam que há muitas opções para quem

quer sair à noite.

– Às vezes até irrita um pouco tanto movimento, mas a gente gosta – contam entre risos.

Esporte sem o calor do sol

O clima envolvente de Balneário Camboriú leva diversos turistas e moradores para as ruas à noite – muitos deles para praticar esportes. A ciclovia da Avenida Atlântica, por exemplo, tem movimento madrugada adentro. São ciclistas, skatistas, corredores, gente andando de patins, kangoo e patinetes elétricos. A esteticista Carolina Hidalgo defende que, por ter várias praias, o visual de Balneário estimula os moradores a exercitar o corpo.

– Eu ando de bike todo dia e sempre vejo muito movimento. A paisagem anima e eu me sinto bem.

Se a ideia é descontrair, tem quem prefira colocar uma cadeira na calçada e, ao invés de olhar a vista do mar, ficar conferindo o vaivém de carros e pessoas. Os grupinhos conversando e bebendo na beira-mar podem ser vistos ao longo de toda Atlântica. Na areia também é comum ver gente reunida, dançando e cantando. Aqui, ninguém precisa de sol para se divertir.

A noite é meu trabalho

A movimentada noite de Balneário Camboriú tem figuras únicas e gente que escolheu o turno para trabalhar. Restaurantes e supermercados ficam 24 horas abertos para atender aos moradores e turistas. O Mercado Natos, no calçadão da Avenida Central, faz até fornada de pão quentinho para quem frequenta o estabelecimento na madrugada.

O gerente Lucas Telves Wendisch conta que o público da noite é formado mais por jovens em busca de lanches rápidos e bebidas. Por volta das 5h, começam a chegar pessoas mais idosas e estrangeiros para comprar o café da manhã.

– A madrugada inteira tem o mesmo movimento, sem parar. Temos três caixas que sempre estão trabalhando nesse período – afirma.

Quem também vive no meio desse agito é o garçom Claudio Nunes Ferreira. Há 35 anos trabalhando na noite, desde que o Baturité era a maior casa noturna da cidade,

ele diz que a profissão é prazerosa.

– A gente conhece pessoas do mundo inteiro. Na temporada ficamos lotados direto, trabalhamos até 1h30min. E eu me criei nesse mundo – destaca.

Para outros o grande fluxo de pessoas é sinal de boas vendas. No molhe de Balneário o pipoqueiro Luiz Antônio Franco chega a vender cem pacotes de pipoca por noite. Ele conta que o serviço começa às 18h e às vezes se estende até 1h ou 2h da madrugada.

– Quando está quente a noite fica bem movimentada. Eu gosto de trabalhar à noite, é mais fresquinho e a família já se acostumou – conta.

Edição: Larissa Guerra
larissa.guerra@santa.com.br

Imagens: Lucas correia
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Colaborou:

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