Publicado em 24 de setembro de 2016

Uma legião de fãs monta campana em frente ao Plaza Hotel, em Araçatuba, a 524km da capital paulista, entre juras de amor e gritos de "Príncipe". Enquanto o segurança fica de olho para o cerco não ser furado, Daniel só larga a bagagem

no quarto onde ficará hospedado e desce para distribuir beijos, autógrafos e fotos, atendendo um por um.

 

Isto explica por que as irmãs deficientes visuais Lucia e Dora Destro, de Bragança Paulista, já foram a 356 shows do ídolo.

Lucia (D) e Dora foram a 356 shows

Tainá (D) pinta quadros para o ídolo

"É o meu troféu"

— Assistimos ao seu primeiro com João Paulo (parceiro de dupla, que morreu num  acidente, em 1997), em 1994. As suas músicas nos passam paz. Daniel dá um tratamento sem preconceito. Nunca tivemos nada igual de outro artista — reconhece Lucia no camarim do cantor, em Ilhabela, no litoral de São Paulo, na segunda apresentação do ídolo, durante o primeiro final de semana de setembro.

 

Com exclusividade, o Diário Gaúcho pega carona com um dos maiores astros da música sertaneja, na sua turnê com saída da capital paulista para Araçatuba, no interior, e, depois, rumo a Ilhabela. Durante três dias e dois shows, impressionou a disposição com o seu público, aos 48 anos de idade e 33 de carreira, da hora em que acordou até o momento em que foi dormir. Só em Araçatuba, foram mais de 70 pessoas atendidas no camarim durante uma hora – sem contar os que o aguardavam fora da casa noturna e após o show, no hotel, na madrugada.

 

Como Tainá Cristina Frederico, que costuma pintar quadros para Daniel.

 

— Ele é a minha vida. Fico aqui o tempo que precisar — afirma a jovem, que, após duas horas de espera, consegue abraçar o cantor.

 

Neste mês, o sertanejo lança o 19º CD da sua fase solo, convicto do seu papel:

 

— A minha energia vem deles (dos fãs). É um combustível para que eu continue com a minha missão, que é cantar, passar alegria e uma mensagem de paz e amor. É o meu troféu.

Partiu, estrada

É madrugada de sexta-feira, dia 2 de setembro. Em um posto de gasolina, no Bairro Santana, na capital paulista, começam a chegar homens de uniforme, identificados como o "staff" de Daniel.

 

Dez minutos depois, surge o comandante das suas turnês, José Mauro Soares Lima, o Casão, produtor-chefe de Daniel, com quem trabalha há dez anos.

 

— Trouxeram o mate? — descontrai   ele com a reportagem do Diário, antes de todos nós colocarmos o pé na estrada.

 

Pontualmente às 3h, o ônibus leito de dois andares parte em direção ao primeiro destino: Araçatuba. Uma carreta segue sozinha para levar cerca de 14 toneladas de equipamento.

 

Antes, eram duas carretas, mas reduzir custos se tornou uma questão de sobrevivência em tempos de crise. Daniel vai de carro, mas só à tarde, quando sai de sua terra natal, Brotas, no interior de São Paulo.

Saída é na madrugada, mas no conforto do leito de dois andares

Na cidade natal

Brotas, aliás, é a primeira parada do ônibus. Na terra do cantor, a troca para um possante maior (são dois que levam o nome do astro) é feita para acolher outra parte da equipe que embarca. E, aí, vale uma curiosidade: na cidade com cerca de 24 mil habitantes, o sertanejo é rei.

 

A brincadeira que corre por lá é que "Daniel manda mais do que o prefeito". Ele ajudou a reformar o cinema desativado da região e gravou,no local, o DVD Daniel In Concert In Brotas, em 2014.

Monta e desmonta cada detalhe até a grande hora

Estrutura profissional

Depois da parada em Brotas, o ônibus segue até Araçatuba, onde chega no finalzinho da manhã. Devido a imprevistos no check-in do hotel — feito para 37 pessoas —, o palco começa a ser montado no início da tarde, e não pela manhã como estava programado.

 

Enquanto cerca de 20 integrantes da técnica trabalham, checam som e todos os detalhes, Casão supervisiona tudo.

 

— Basicamente, existem dois tipos de shows, um com estrutura maior e outro, menor — explica ele.

 

Cada minuto é tão precioso que seis profissionais vão antes, de ônibus de linha mesmo, para Ilhabela, a 133km de São Paulo. Lá, Daniel se apresenta no sábado, em um megaevento de aniversário da cidade.

Só o começo no saguão

Lá vem

O tempo voa em Araçatuba, e são 19h quando Daniel chega ao hotel com o pai, José Camillo, o segurança e o secretário. Ele pergunta à reportagem sobre o tempo em Porto Alegre, se acomoda no quarto e logo desce para falar com os fãs no saguão. É só o início da romaria até o show.

Na van, "bora" pro show!

Fé no camarim

Carinho e devoção

Ao chegar ao Vivere Eventi, local do show em Araçatuba, Daniel é cercado por uma multidão. No camarim, atende a mais de 70 pessoas e, de algumas, se lembra de outros encontros, para a alegria dos fãs que o enchem de presentes.

 

— Rapaz, "cê” não faz ideia do que eu recebo de imagem de santa! Tenho muitas guardadas em casa. Levei todas da época em que morava com o pai — explica com seu José Camillo junto:

 

— É que eu sou devoto de Nossa Senhora Aparecida,

e eles sabem da minha adoração por ela. Seguidamente, vou ao templo (em Aparecida, no interior de São Paulo). É lindo!

O pai é ser parceirão

Conexão a serviço do público

Enquanto termina de se arrumar, uma plateia que esgotou ingressos duas semanas antes do espetáculo — a mesa para seis pessoas custava em torno de R$ 2,8 mil — aguarda o sertanejo. Daniel sobe ao palco às 23h30min e, durante duas horas e meia, canta para cerca de 3 mil pessoas que vão ao delírio com os seus hits.

 

À vontade, ele brinca, elogia a cidade e faz uma transmissão ao vivo pelo Facebook.

 

— Nunca fui muito tecnológico, mas a minha equipe me convenceu da importância das redes sociais — admite a estrela, que só se incomoda com uma situação:

 

— Chega a ser engraçado... Tem fã que parece preferir tirar foto do que ver o show!

 

Passa das 2h quando ele deixa o local, mas não sem antes dar mais atenção aos que o aguardam na parte de fora da casa noturna. E olha que tem chão pela frente, rumo ao destino do próximo show, no sábado: mais de 700km até Ilhabela.

Sentada ou de pé, pelo Facebook ou ao vivo, a massa faz coro em Araçatuba

Adrelina a milhão

Recém-saído do show em Araçatuba e ainda elétrico, Daniel parece não se importar com as 12 horas de viagem até Ilhabela. Está em êxtase, mesmo com mais de 3,3 mil shows que leva na bagagem.

 

— Foi bom, né? — comenta ele, sentado no banco da van:

 

— Demoro para desligar, é uma adrenalina grande.

 

Incansável, por volta das 2h30min, na chegada ao hotel, ele dá atenção ao pai, que voltará para Brotas por conta de uma unha encravada. Toma banho, troca de roupa e reaparece no saguão, pronto para pegar a estrada, agora com a equipe. Ao entrar no ônibus, Daniel quer conversar, nos pergunta por onde anda o Gaúcho da Fronteira e cita outros artistas do Rio Grande. Só por volta das 4h, é que se despede para dormir.

Só Casão entra no seu andar privativo

Luxo de estreia

Daniel descansa no andar de baixo do ônibus, que é todo dele, com uma televisão bem à sua frente. De Araçatuba a Ilhabela, Casão é o único que vai falar com o astro.

 

E Daniel se mantém assim, reservado também nas refeições. Equipe técnica e músicos almoçam em um local separado, além de terem sempre outro camarim.

 

— Tenho uma relação harmoniosa com eles. Não existe formalidade patrão-empregado — garante o cantor, que conta com Casagrande como o seu braço direito.

 

— Ele se incomoda quando você não fala a verdade _ revela Casão.

 

Daniel só teve contato com os músicos na hora do show. Ensaios, só quando o espetáculo é novo.

Saudade das filhas na tela

100% família

É sábado, 10h, quando Daniel acorda e liga para a mulher, a

ex-bailarina da sua equipe Aline de Pádua, 35 anos, que está indo com as filhas do casal, Luiza, seis, e Lara, quatro aninhos, de Brotas para Jundiaí, onde moram os pais dela.

 

— Fico preocupado de ela pegar a estrada, mas é a vida— diz, resignado.

 

Casado desde 2010, ele mostra o toque personalizado do celular quando a esposa liga. O assédio da mulherada, ele assegura que tira de letra:

 

— É tudo carinho de fãs.

No céu, na terra...

Se tem uma coisa que não falta em horas a fio de viagem, é papo. E histórias para relembrar.

 

— Na música, é mais tempo de estrada do que de show — confidencia Daniel, que recorda de poucas e boas que já passou:

 

— Uma vez, o helicóptero em que fomos carregava galões de querosene dentro dele. Dá para acreditar?

 

Em outra, de Dourados a Naviraí, no Mato Grosso do Sul, o mau tempo fez o cantor trocar os ares por terra firme a tempo de evitar o pior:

 

— O piloto (do helicóptero) garantiu que "tava" tudo tranquilo. De tranquilo, não teve nada!

 

No meio do caminho, tivemos que voltar. Pegamos um carro, e um dos pneus ainda estourou na chuva por conta de uma cratera.

 

Mas o astro descarta comprar um jatinho.

 

— Não acho viável financeiramente. Várias cidades têm problemas nas pistas de pouso menor, o que deixa a viagem demorada — afirma.

Na balsa, de novo, no carro

Pelas águas

 Durante o percurso, Daniel revela mais do homem por trás do astro, conta piadas e tira sarro de uma história dos tempos em que a dupla com João Paulo começava se destacar Foi em Ilhabela, onde cantará à noite, que ele quase pagou o maior mico com os hermanos.

 

— Me falaram: "Saca (tira) 'una' foto?". E eu pensei: "Já nos conhecem na Argentina!". Mas, aí, o casal me deu a máquina para eu tirar uma foto deles — dá risada.

 

A prosa segue animada no ônibus até Daniel voltar pro seu carro, conduzido por fiéis escudeiros a uma espécie de porto com garagem, na cidade de São Sebastião. Lá, o ônibus fica. O músico vai no automóvel, a equipe passa para duas vans,

e todos viajam de balsa até Ilhabela.

 

Já no hotel, à beira da piscina, a hora do almoço mostra que dieta radical não é com  ele. O rapaz de Brotas traça uma picanha com arroz, conta que joga futebol, que costuma malhar, mas admite um vício seu: doce.

 

— Se deixar, como direto! E claro, o feijão da minha mãe (Cida), não tem igual.  — confessa a estrela, antes de se recolher para o quarto.

Para o quarto relaxar

Seguuura , peão, que hoje é dia de show!

Refeito da estrada e pronto para o segundo round, a chegada ao local do show, no centro de Ilhabela, mostra a multidão eufórica que o espera.

 

No camarim, políticos, famílias, casais e moças com roupas mais decotadas mostram que o assédio vem de todos os lados. É preciso ter jogo de cintura.

 

— Elas me perguntam como estão as meninas (filhas) — ressalta Daniel, falando sobre o carinho das fãs.

 

Finalmente, às 22h30min, ele caminha em direção à plateia de mais de 25 mil pessoas. Parado atrás do palco, não demonstra nervosismo e entra emocionando com o hit Desejo de Amar. Em um show mais curto do que o de sexta, de pouco menos de duas horas, coloca a massa pra dançar em uma performance mais festiva. E sobra gás!

De volta ao lar

Vai se aproximando o final do show, enquanto polícia militar e seguranças já se mobilizam para o cantor sair direto para a van. Tentando fugir do tumulto,o veículo tenta despistar dando voltas até chegar à pousada, onde — pasmem — mais fãs esperam Daniel. Desta vez, o cantor, sim, dá atenção, porém, mais rapidamente porque ainda tem de tomar banho e partir de novo para outra nobre missão: chegar a tempo de dormir ao lado das suas três meninas.

 

— Temos estrada ainda, mas revezo com eles na direção — diz o sertanejo, pronto para encarar 250km até Jundiaí, onde estão a mulher e as filhas.

Quase uma confissão

Ao longo dos três dias que a reportagem passou ao lado do astro, Daniel foi se abrindo aos poucos. Entre histórias, lembranças e revelações, falou sobre o tempo que passa na estrada, o medo de sofrer acidentes e o que mudou na sua preocupação com a segurança nas viagens.

 

O sertanejo comenta a saudade das filhas que aperta quando está longe de casa e a eterna falta sentida do parceiro de dupla, João Paulo. Sem medo das críticas, admite que pensou em largar a carreira mais de uma vez. E garante: o seu jeito tranquilo não "tem nada construído".

Diário Gaúcho: Qual é o peso da família na carreira?

Daniel: É fundamental em tudo. Eu não sei o que seria de mim sem a família que tenho, não sei se teria chegado até aqui. Eles sempre me deixaram à vontade, mas me passaram o que é certo e errado. Meus pais são os meus professores, me espelho neles. E procuro passar isto às minhas filhas.

 

Teu pai (José Camillo) te acompanha nos shows. Como é isso entre vocês?

É o ponto alto quando ele pode. E, quando vejo o carinho com ele, é um presente para mim. Além de pai, é um parceiro.

 

Divides a tua vida entre antes e depois do nascimento das gurias (Luiza e Lara)?

Sem dúvida! A sensação de ser pai é inexplicável. Aconteceu uma grande transformação a partir do momento em que elas nasceram. Eu me sinto melhor, mais amadurecido. A experiência de ser pai me gera o sentimento de fazer tudo pensando nas filhas. Tem fãs que me conhecem bem e que dizem que eu estou melhor desde a chegada das meninas.

 

O que significa a estrada para ti?

Nela, passei grande parte da minha vida para levar a minha música às pessoas. Estrada é o imprevisível, experiência.É deparar com pessoas diferentes. Tenho a honra de dizer que conheço bem este país, todas as riquezas, raças e credos.

 

Tu ainda pegas a estrada todo fim de semana. E a saudade das meninas?

Quando eu saí de casa hoje, a Luiza estava na escolinha. Cheguei no hotel, liguei, e ela chorou. Isto pesa, mas elas sabem da minha vida. A gente tem que se doar para o filho, mas precisa ter nossa vida. A Aline (sua mulher) está com uma escola de dança, é o que ela gosta. No tempo que ficou parada por conta do nascimento das meninas, acabou sendo prejudicial. É bom ser independente. Esta é a minha vida, escolhi isso.

 

Tu estás lançando o 19º CD em carreira solo. Como te reinventas?

É incrível a forma que os artistas trabalham hoje: lançam uma canção e, dois meses depois, já estão com outra música. É muita informação. Não consigo me adequar a isto. Levo de uma forma bem natural.

 

Estes cantores que lançam músicas a cada dois meses têm uma intensa atuação nas redes sociais. Tens medo de ficar pra trás?

Estou presente nas redes sociais, mas com o que julgo interessante. Não vou fazer a barba e postar uma foto disto.

 

O teu lado compositor nunca apareceu?

Acho que assumi que o compositor era o João Paulo. Ele estava sempre com o caderno, escrevendo, e o gravador. Sou exigente comigo, não é fácil escrever duas linhas, não! Mas, agora, acabei de escrever uma canção com Alexandre Pires e Fábio Jr., nem sei se podia falar isso (risos).

 

O que passou na tua cabeça depois da morte do João Paulo (ele morreu em um acidente de carro, após um show, em 1997, quando ia para Brotas)?

A primeira coisa que pensei foi parar. A minha retomada até que foi rápida, em uns 30 dias. Mas tinha consciência de que pararia com tudo.

 

Como foi o incentivo para continuares?

Elas (fãs) diziam que eu não poderia demorar para voltar. No retorno, o Legey (Aloisio, ex-diretor de eventos da TV Globo) criou um show muito inteligente, colocou andaimes no palco, como se eu estivesse reconstruindo tudo de novo. E tinha um outdoor com a imagem do João Paulo. Parecia que o público queria me pegar no colo.

 

Desististe de parar?

Nada! A todo momento, vinha: "Eu vou parar, vou parar". Comecei a ter piripaques, vontade de encerrar com tudo. Sentia medo de subir no palco, de não ter voz. Mas, todas as vezes, pensei que não sabia fazer outra coisa. Todo mundo tem uma missão, e eu considero a minha carreira uma missão.

 

E onde tu mais sentes a falta dele?

Em tudo. Quando o João Paulo morreu, o Leonardo foi lá em casa me dar apoio. No ano seguinte, quando o Leandro descobriu o câncer, eu estava lá, dando apoio ao Leonardo (Leandro morreu em 1998).

 

O que mudou na tua rotina após o acidente com o João Paulo e com o Cristiano Araújo (morreu em 2015, também na estrada)?

Tento não viajar à noite, passei a ir mais de ônibus e viajo com dois motoristas. Mas, às vezes, você não consegue. Há dez anos, sofri um acidente (de Pajero, voltava de um show em Salto do Pirapora para Sorocaba, São Paulo, quando colidiu com um Palio, e duas pessoas morreram). Sofri uma fratura no ombro e, até hoje, tenho sequelas. Foi terrível!

 

O Daniel é sempre assim, sereno?

É difícil me tirar do sério até em casa. Mas, às vezes, não tem jeito, (risos), se alguma coisa estiver muito fora do lugar. Acordo de bom humor, mas tem horas que estou mais pra cima, em outras, pra baixo. Não tem nada construído. Normalmente, sou na paz e acho que a música traz um pouco isto. É uma forma de se manter estável, equilibrado, é uma terapia. Sabe que, depois de um show, eu tenho a sensação como se tivesse me confessado com Deus?

REPORTAGEM

José Augusto Barros

jose.barros@diariogaucho.com.br

 

EDIÇÃO

Flávia Requião

flavia.requiao@diariogaucho.com.br

 

FOTOS

Félix Zucco

felix.zucco@zerohora.com.br

 

DESENVOLVIMENTO

Brunno Lorenzoni

brunno.lorenzoni@diariogaucho.com.br

"É o meu troféu" Partiu, estrada
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