Tiago
SPLITTER

gigante na altura 
e no talento

O ano começou cheio de perspectivas para Tiago Splitter. Sem jogar desde janeiro de 2016 por conta de uma cirurgia no quadril, o pivô trocou o Atlanta Hawks pelo Philadelphia 76ers. No novo time, ele espera se recuperar das dores musculares nas panturrilhas decorrentes da operação e voltar às quadras onde se tornou o primeiro brasileiro a ser campeão na NBA, a liga profissional de basquete dos Estados Unidos. O passo inicial ocorreu neste mês de maio, quando foi reintegrado à equipe principal depois de duas partidas pelo Delaware 87ers (afiliado dos 76ers) na divisão de desenvolvimento.

Mesmo que não reedite as atuações da fase áurea pelo San Antonio Spurs, pelo qual conquistou o título de 2014, Splitter tem lugar garantido entre os gigantes do Brasil no esporte da bola laranja – e não somente pelos seus 2,12m de altura. Poucos atletas podem ostentar a trajetória do blumenauense de 32 anos, um talento precoce que começou no clube local Ipiranga e aos 15 já estava brilhando na Europa.

– Se não fosse jogador, acho que estaria trabalhando no escritório de advocacia do meu pai ou teria montado algum negócio, não sei: sempre fui um cara muito curioso, que gosta de conhecer coisas novas – diz.

Defendendo as cores do Baskonia, o filho de Cassio e Elizabeth não apenas levantou o caneco na Espanha em 2010, como foi eleito o melhor da competição. Para isso, teve que superar a dor pela perda da irmã, Michelle, também craque no basquete, que havia morrido de leucemia no ano anterior. A performance do catarinense chamou a atenção dos texanos do Spurs, abrindo caminho para Splitter desbravar a América.

– San Antonio é uma cidade menor, que ama basquete. Atlanta já é maior, e se importa mais com o futebol americano. Filadélfia tem muita história, faz muito frio e o pessoal gosta muito do 76ers – compara.

Tudo o que ele pretende agora é retomar a forma e, quem sabe, voltar na próxima temporada como titular da equipe. Apesar do tempão em que mora no exterior, Splitter nunca deixou de acompanhar a realidade nacional.

– Falta muita coisa para o basquete brasileiro. É o que falta para a educação, para o esporte: organização desde as escolas, melhores instalações, melhores professores – analisa, com a precisão de uma cesta de três pontos.

Em 2007, durante o torneio Pré-Olímpico das Américas

em Las Vegas, defendendo a seleção brasileira. Crédito: Wander Roberto, Divulgação CBB

Como pivô do Philadelphia 76ers, nos EUA, onde atua desde fevereiro. Crédito: David Dow, NBAE

ONTEM

 

Jogar na NBA significava…

um sonho

 

Meu ponto forte era…

disciplina

 

Tinha mania de…

teimar

 

Meu lugar favorito era…

onde eu me sentia bem

 

Não resistia a um…

Nescau batido no liquidificador, tomava um litro por vez

 

Não suportava…

mentiras

 

Eu me inspirava…

no meu pai, que desde cedo me levava às quadras de basquete porque era professor nas horas vagas

 

Meu ídolo era…

Michael Jordan

 

Meu prato predileto era…

o estrogonofe de carne – detalhe: sem tomate – feito pela minha mãe

 

Eu via Santa Catarina como…

um dos melhores Estados do Brasil

 

HOJE

 

Jogar na NBA significa…

uma realidade, um objetivo que se renova a cada partida

 

Meus pontos fortes são…

disciplina e consistência

 

Tenho mania de…

continuar teimando

 

Meu lugar favorito é…

onde eu me sinta bem; não é um lugar físico, é um lugar mental

 

Não resisto a um…

caldo de cana

 

Não suporto…

mentiras

 

Eu me inspiro…

na minha família

 

Meu ídolo é…

Michael Jordan, eterno

 

Meu prato predileto é…

o estrogonofe de carne – já avisei que gosto sem tomate? – feito pela minha mãe sempre que vou visitar meus pais em Blumenau ou eles vêm me visitar nos Estados Unidos

 

Eu vejo Santa Catarina como…

o melhor Estado do Brasil

 

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