| 05/11/2005 18h24min
Os representantes das 34 delegações que participaram da IV Cúpula das Américas se reuniram na tarde de hoje em uma sessão extraordinária para tentar chegar a uma resolução de consenso e evitar o fracasso do encontro. Algumas nações foram representadas por seus presidentes e outras por chanceleres e técnicos.
Entre os presidentes que já tinham deixado Mar del Plata antes e que, portanto, não participam desta reunião não programada, estão o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o salvadorenho Elías Antonio Saca, e o paraguaio Nicanor Duarte. O presidente norte-americano, George W. Bush, foi o último a deixar o encontro, às 16h45 (horário de Brasília), e o presidente chileno, Ricardo Lagos, adiou sua saída de Mar del Plata.
A organização do evento tinha convocado uma entrevista coletiva para as 14h45min (horário de Brasília), mais de duas horas antes do previsto no cronograma oficial, que seria concedida pelos chanceleres da Argentina, do Canadá e de Trinidad-Tobago. No entanto, duas horas depois, a organização adiou a entrevista sem dar explicações.
Fontes diplomáticas disseram à Agência EFE que o Panamá apresentou um pedido de última hora, em uma tentativa de aproximar as opiniões, reconhecendo tanto as dificuldades na implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) como a importante contribuição que este projeto poderia dar ao desenvolvimento regional. O Panamá propõe a realização de uma reunião "ao longo de 2006 para analisar as dificuldades do processo" ao invés de fixar uma data concreta para definir o assunto.
As posturas opostas eram duas: de um lado, os Estados Unidos e outros 28 países, favoráveis à retomada das negociações para implantar a Alca, paralisadas desde 2004, em abril de 2006. Do outro, a Venezuela e os quatro países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), embora com posturas divergentes. Enquanto a Venezuela quer "enterrar a Alca", segundo as palavras de seu presidente, Hugo Chávez, o Mercosul vê possibilidades de um acordo, que só seria possível com o fim dos subsídios concedidos pelos Estados Unidos a sua produção agrícola interna.
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