| 03/11/2005 16h00min
Os países do continente americano deverão discutir na 4ª Cúpula das Américas, que começa amanhã, em Mar del Plata, na Argentina, medidas conjuntas de combate à gripe aviária. Um surto da doença, que atinge aves e pode ser transmitida para as pessoas, foi identificado em países asiáticos no início de outubro e começa a se espalhar pela Europa e outras partes do mundo.
– Temos que nos preparar para todo tipo de contingência, porque não sabemos o que vai acontecer com esse vírus – afirmou o embaixador do Canadá no Brasil, Guillermo Rishchynski, em entrevista coletiva concedida hoje, para falar sobre os temas que vão ser discutidos na cúpula.
No norte do Canadá, já foram encontrados patos com o vírus H5N1, que causa a doença.
– Ninguém pode dizer a uma ave para não voar de um país a outro. São os únicos que não precisam de passaporte para cruzar a fronteira – ressaltou o embaixador.
A preocupação das autoridades internacionais da área de saúde é que as aves migratórias podem contribuir para espalhar a doença e causar uma mutação do vírus que o tornaria capaz de se transmitir entre pessoas. Hoje, a única forma confirmada de contágio humano é através do contato direto com uma ave infectada, o que torna mais difícil a ocorrência de uma pandemia.
De acordo com Rishchynski, no encontro, os líderes do continente americano deverão definir mecanismos de prevenção contra a doença, como a realização regular de testes nas aves para identificar o vírus. Os governos devem também discutir a troca de experiências em enfrentamento de doenças e reforçar o papel da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) na coordenação das ações contra a gripe aviária na região. "Preparação é indispensável quando se têm esses elementos de pandemia", concluiu o embaixador canadense.
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