| 28/10/2005 16h11min
Lewis Libby, principal assessor do vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, renunciou hoje após ser acusado formalmente pelo promotor Patrick Fitzgerald de obstrução à Justiça, perjúrio e falso testemunho no caso Plame. Libby era chefe de Gabinete de Cheney desde 2001 e também exercia o cargo de assessor de segurança nacional e assistente do vice-presidente norte-americano.
O promotor não incriminou Libby por revelar o nome da espiã Valerie Plame, vazamento de informação que desatou esta investigação de quase dois anos. Valerie Plame era espiã da CIA até que em 2003 seu nome foi publicado em um artigo do The New York Times. A Casa Branca teria informado sua identidade para, supostamente, se vingar de seu marido, o ex-diplomata Joseph Wilson, que acusou os EUA de invadir o Iraque com falsos pretextos.
Libby falou sobre Plame com vários jornalistas, entre eles a redatora do The New York Times Judith Miller, que publicou uma reportagem sobre o
caso. Revelar com pleno
conhecimento o nome de um espião é considerado delito nos Estados Unidos. Contudo, especialistas dizem que é um assunto difícil de ser provado dado o texto da lei.
Karl Rove, o principal assessor de Bush, não foi incriminado por enquanto. O assessor de Cheney pode ser condenado até 30 anos de prisão.
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