| 30/06/2005 15h07min
A revista Time anunciou nesta quinta que entregará à Justiça as anotações de um de seus jornalistas, exigidas na investigação do caso do vazamento do nome de uma agente da CIA (agência secreta norte-americana). O jornalista da Time Matthew Cooper, e uma repórter do jornal The New York Times, Judith Miller, podem ser presos porque se negam a revelar suas fontes.
A Time afirmou em comunicado que entregará as anotações de Cooper apesar de a Suprema Corte dos Estados Unidos ter limitado a liberdade de imprensa de uma forma que terá um efeito apavorante em nosso trabalho. A Suprema Corte rejeitou na segunda a apelação dos dois jornalistas, que utilizam a Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de informação, para se defenderem. A lei, contudo, não protege os jornalistas que investigam um caso criminal. Segundo a Time, a decisão judicial pode prejudicar o livre fluxo de informação que é tão necessário em uma sociedade democrática.
O
assunto veio à tona quando vários veículos revelaram, há dois anos, a identidade da agente da CIA Valerie Plame. Valerie era casada com o ex-embaixador Joseph Wilson, enviado americano ao Níger para investigar supostas compras iraquianas de urânio e contra as alegações do governo dos EUA para invadir o Iraque. Nos Estados Unidos, revelar a identidade de um agente secreto é um crime federal e por isso o informante dos jornalistas está sujeito a ser processado. A primeira informação foi publicada pelo colunista conservador Robert Novak, do The Washington Post, e depois Miller e Cooper a corroboraram.
As informações são da Agência EFE.
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