| 28/10/2005 11h11min
O governo do Paraguai reteve 88 cabeças de gado de procedência brasileira, depois de uma denúncia por autoridades daquele país ao Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai. Ainda conforme o órgão, os animais serão sacrificados. A informação foi publicada no jornal paraguaio Diário ABC Color.
Conforme as informações, vários animais foram retidos ontem na região de Cerro Cora-I, que fica em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil quando seus donos tentavam ingressá-los clandestinamente para o lado paraguaio. Os animais foram retidos e isolados em um estabelecimento de Pedro Juan Caballero à espera dos exames que possam permitir saber se os mesmos, que são de procedência brasileira, estão infectados ou não com a febre aftosa.
O fato aconteceu em uma região onde o limite divisório entre Brasil e o Paraguai é uma faixa de pasto. O proprietário dos animais, o brasileiro Josias Silgueiro, disse às autoridades que diariamente ele fazia passar seu gado para o lado paraguaio para pastar e que à noite os voltava a levar a sua fazenda no lado brasileiro.
Depois da intervenção, os fiscais determinaram a detenção das 88 cabeças de gado e que elas fossem levadas em uma propriedade até que os técnicos de Senacsa realizem as análises correspondentes a fim de comprovar se o gado retido está ou não infectado pela febre aftosa.
Relatório do Departamento de Operações de Fronteira, do Brasil, mostrou que o trânsito irregular de animais continua na fronteira com o Paraguai, mesmo após a descoberta dos focos de aftosa em Mato Grosso do Sul. O Paraguai nega que o rebanho do país esteja contaminado. O documento não aponta a origem da virose nos animais brasileiros.
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