| 28/10/2005 11h02min
Apesar de o Paraguai ter negado a existência de febre aftosa naquele país, um relatório do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) mostra que o trânsito de animais na região entre Brasil e Paraguai continua. O relatório confirma a movimentação irregular de bovinos na região de fronteira, mas não deixa clara a origem da aftosa. Segundo o secretário de Coordenação Geral Raufi Marques, a movimentação de gado na fronteira ficou clara.
– Isso ficou evidente porque temos muitos brasileiros que trabalham e produzem no Paraguai e temos várias propriedades com faixa territorial tanto no Brasil como no Paraguai e ficou claro que o foco primário surgiu em Japorã – disse.
As evidências do trânsito ilegal de animais estão no documento com 70 páginas: entre elas, animais encontrados nas propriedades brasileiras estão com marcas características do rebanho paraguaio. Há também declarações de produtores de que fazem a engorda do gado no país vizinho e depois trazem os animais para o Brasil. A agência de defesa sanitária do Estado diz que fez o dever de casa em relação ao combate a aftosa. Agora, o relatório feito pelo DOF vai ser encaminhado ao ministério da Agricultura.
Em meio a crise econômica provocada pela aftosa, surge uma boa notícia para os produtores. O governo federal está liberando a circulação de animais, leite, couro e frutas. De acordo com o governo de Mato Grosso do Sul, o Estado está deixando de arrecadar R$ 400 mil por dia com os bloqueios econômicos e a proibição de vender gado em pé e carne com osso. São 11 focos de aftosa. Quase 1 mil animais já foram abatidos.
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