| 26/10/2005 10h25min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a burocracia do Estado brasileiro atrasou o repasse de recursos para controlar os focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul. A liberação de R$ 3,5 milhões para o combate à doença foi lenta porque, segundo Lula, esbarrou na legislação brasileira, que exige do governo estadual a elaboração de projeto comprovando a utilização do dinheiro.
– A burocracia no Estado brasileiro dá com uma mão e tira com a outra. Uma lei diz que pode, outra diz que não pode – disse o presidente a cerca de 500 empresários que participaram da abertura do 19º Congresso Nacional de Avicultura, no Palácio do Itamaraty.
Lula chamou a atenção dos avicultores ao afirmar que "a hora é agora" e citar o Brasil como o maior exportador de carne de frango e de gado do mundo.
Pouco antes do discurso de Lula, o presidente da União Brasileira de Avicultura, Zoé Silveira d´Ávila, cobrou do governo recursos para o agronegócio e a contratação de pessoal. Também chamou de pão duro o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Em resposta ao presidente da UBA, Lula afirmou que a máquina pública foi desmontada ao longo de muitos anos.
Os participantes do 19° Congresso Nacional de Avicultura discutirão durante três dias propostas para o incremento da produção do setor, geração de empregos, sanidade e qualidade de produtos, além da exportação, diante do novo cenário mundial.
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