O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, prometeu hoje adiantar ao máximo as tarefas de reconstrução na região atingida pelo furacão Katrina, e que agora sofre a ameaça do fenômeno Rita. Em sua quinta visita a locais danificados pela passagem do Katrina, Bush esteve reunido em Gulfport (Mississippi) com uma série de dirigentes empresariais e autoridades locais.

– Não me resta dúvidas de que destes escombros que antes eram casas voltará a sair um Mississippi melhor – declarou o presidente.

Bush tinha previsto seguir depois a Nova Orleans, onde receberia um novo boletim das autoridades sobre as previsões de passagem do furacão Rita, que hoje subiu para a categoria dois na escala de Saffir-Simpson (de cinco graus).

O Rita, que hoje ameaça a zona dos Cayos, em Cuba, e o sul da Flórida, poderia tomar um rumo similar ao do Katrina, que em 29 de agosto devastou a costa da Louisiana e do Mississippi e causou enchentes em Nova Orleans.

As vítimas do Katrina, que deixou um milhão e meio de desabrigados, temem as conseqüências de um novo furacão. O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, já suspendeu seu plano de retorno dos evacuados e pediu que voltem a deixar a cidade.

Bush, que foi criticado pela gestão da crise do Katrina por parte do governo, quis responder nesta ocasião de maneira mais decidida e rápida. O presidente deve retornar à região neste final de semana para visitar Alabama, Kansas e Texas. A maioria dos desabrigados pelo Katrina se refugiou nestes três Estados.

Em declarações paralelas o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, reconheceu que algumas das áreas rurais atingidas pelo furacão não receberam ainda ajuda federal.

– Muitos estão frustrados e necessitam de ajuda. Vamos continuar trabalhando para proporcionar essa assistência o mais rápido possível – avaliou McClellan.

A Casa Branca anunciou a nomeação da conselheira de Segurança Interna, Frances Townsend, como a responsável pela investigação sobre os erros e os acertos na resposta federal ao Katrina. Bush anunciou tal investigação para garantir que os Estados Unidos estarão em condições de responder de maneira adequada em caso de outra tragédia natural ou de um atentado de grandes proporções.

AGÊNCIA EFE