| 24/08/2005 00h34min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou ontem os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara, Severino Cavalcanti, e do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, e o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para um jantar, hoje ou amanhã, na Granja do Torto para discutir a crise.
Lula pode articular com Jobim, Renan e Severino uma nota conjunta de apoio às investigações, mas dentro da legalidade, uma alfinetada no Ministério Público.
Lula dedicou parte do dia de ontem a encontros com líderes políticos e empresariais para reduzir o impacto da crise. Dois dias depois de o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, dizer que, independentemente de quem estiver à frente da pasta, a política econômica não muda, o presidente buscou reforçar essa posição. Ele foi à reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) à tarde no Palácio do Planalto. Sua presença não estava prevista e surpreendeu os empresários.
Segundo membros do governo, Lula disse que há uma política de governo, que não depende de pessoas que estejam encarregadas de sua condução. Na presença de diversos ministros, entre os quais Palocci, afirmou que não cederá a pressões, inclusive de alguns parlamentares de seu partido, que reclamam da ortodoxia da política econômica.
Para tranqüilizar os empresários, Lula, que participou do fim da reunião após viagem a Cuiabá (MT), afirmou que a economia está blindada e que a equipe será mantida, apesar das denúncias contra o ministro da Fazenda, feitas por seu ex-assessor na prefeitura de Ribeirão Preto (SP) Rogério Buratti.
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