| 04/08/2005 15h24min
A reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar foi encerrada há pouco. Segundo o presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), ficou decidido que o aditamento (complementação) apresentado pelo presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, ao processo de cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), não será tratado como uma nova representação. Dessa forma, disse Izar, o conselho evitará questionamentos jurídicos ao abrir novo processo.
Conforme o aditamento, Jefferson mentiu ao dizer que, em reunião com Costa Neto, além de outros parlamentares, teria ouvido uma proposta de recebimento de mensalão. Segundo o presidente do PL, todos os participantes da reunião, inclusive o líder do PTB, José Múcio Monteiro (PE), negaram que a conversa tenha sido sobre isso. O segundo item apresentado no aditamento é a suposta confissão de Roberto Jefferson de que usava sua condição de parlamentar para obter vantagens indevidas. E o terceiro é um suposto envolvimento do deputado com uma quadrilha de liberação de cargas no Rio de Janeiro.
Ricardo Izar afirmou que, mesmo com os novos elementos acrescentados ao processo contra Jefferson, ele pretende encerrá-lo em setembro. O prazo do conselho se encerra no dia 8 de setembro, mas Izar informou que deve pedir uma prorrogação de 10 dias. O presidente do conselho também garantiu que Roberto Jefferson terá direito a ampla defesa diante das novas acusações.
O deputado disse que vai formar uma comissão de três deputados para analisar os seis novos pedidos de cassação apresentado pelo PL assim que eles chegarem ao conselho. Ele considera que algumas representações podem ser arquivadas por terem argumentos frágeis. Seria o caso, em sua avaliação, do pedido contra o deputado Dr. Francisco Gonçalves (PTB-MG), cuja motivação foi o fato de ele ter afirmado que sabia da existência de malas de dinheiro no Congresso e não ter feito denúncia na época.
As representações contra os deputados do PTB Sandro Matos (RJ), Neuton Lima (SP), Alex Canziani (PR) e Joaquim Francisco (PE) também foram citadas por Izar. O PL diz que existe suspeita de que os quatro teriam utilizado em suas candidaturas a prefeito em 2004 parte dos R$ 4 milhões que Roberto Jefferson declarou ter recebido do PT para campanhas eleitorais sem contabilizar os recursos.
As informações são da Agência O Globo.
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