| 30/07/2005 16h34min
Através de sua assessoria, o deputado José Dirceu (PT-SP) divulgou hoje uma nota repudiando as acusações da revista Veja. Segundo o deputado, a publicação estaria participando de uma campanha para desmoralizá-lo nacionalmente.
Na edição de hoje, a Veja revelou um documento que autorizava Roberto Marques, amigo e auxiliar do ex-ministro da Casa Civil, a sacar R$ 50 mil das contas da SMP&B no Banco Rural. A agência é de propriedade do empresário Marcos Valério, o acusado de operar o mensalão
José Dirceu não foi encontrado em sua residência, em Brasilia, para se explicar pessoalmente. Confira a íntegra da nota.
As informações são da Agência Brasil.
Nota oficial |
Deputado José Dirceu (PT-SP) repudia as acusações |
"Com repúdio e indignação vejo mais uma iniciativa da revista 'Veja' para enxovalhar meu nome, em uma tentativa anti-republicana de construir um clima de pré-julgamento. A edição desta semana desenrola uma série de mentiras com o objetivo nefasto de me desmoralizar perante a opinião pública no momento em que prestarei ao Conselho de Ética da Câmara esclarecimentos, como testemunha, no processo contra o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), acusado pelo PL de ter faltado com o decoro parlamentar. A reportagem de capa ("O risco Dirceu") é totalmente improcedente. Repilo absolutamente a afirmação de que estaria mandando 'recados ameaçadores' ao governo e contesto taxativamente a suposição de que Roberto Marques, que é meu amigo e não meu assessor, tenha sido autorizado a sacar dinheiro das contas de empresas do senhor Marcos Valério. Desde que foi instalada a CPI dos Correios, o esforço para me envolver nas ilicitudes investigadas tem sido enorme. Da obstinação em quebrar meu sigilo bancário, fiscal e telefônico à persistência em pressionar depoentes com o objetivo de me incriminar. Com tais esforços frustrados, partiram para a plantação de informações falsas que induzissem a imprensa a publicar noticias incorretas para me constranger. Na semana que passou,jornalistas receberam supostas informações vazadas de minhas contas bancárias. Em um dos casos, havia uma série de pequenos créditos lançados desde o início de 2003, somando cerca de R$ 230 mil. A suspeita dos investigadores, trazida a mim pelo jornalista, é que os depósitos teriam sido feitos por 30 empresas e entidades, entre elas o PMDB, a Unafisco Sindical, o Centro Radiológico de Brasília e a Associação Obras Sociais Irmã Dulce. Ao verificar os lançamentos, constatei que se tratava dos créditos referentes à minha remuneração mensal, paga pela Câmara dos Deputados. Com o esclarecimento, o jornalista desistiu da publicação. Em outra ocasião, solicitaram explicações para quatro lançamentos de crédito totalizando cerca de R$ 300 mil em minhas contas. Em novo levantamento, verifiquei que a conta informada pelo jornalista não estava na relação de todas as contas correntes ativas e inativas que já possuí. Novamente, com a suspeição das informações vazadas, o outro jornalista preferiu não publicar a reportagem. A revista 'Veja', no entanto, não seguiu o mesmo padrão de comportamento. Mesmo depois de ser informada pelo deputado Carlos Abicalil (PT-MT) de que tinha recebido um documento sob suspeição da CPMI, insistiu na publicação de uma versão distorcida, alinhada com a conveniência dos que querem me transformar em réu de um Tribunal de Exceção, mesmo ao custo de uma armação sórdida". José Dirceu |
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.