| 19/07/2005 18h41min
Foi adiada para amanhã, às 11h, a instalação da Comissão Parlamentar mista de Inquérito (CPI) da Compra de Votos. O adiamento ocorreu devido à falta de acordo sobre os parlamentares que vão assumir a presidência e a relatoria da comissão.
Os líderes partidários disseram que continuarão conversando. O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), prometeu discutir com as bancadas da base de apoio a proposta da oposição, que quer indicar o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) para a presidência da CPI. O líder do PSB, deputado Renato Casagrande (ES), disse que, se não houver acordo, os parlamentares vão decidir na votação, como ocorreu na CPI dos Correios.
Na atual CPI dos Correios, presidência, vice-presidência e relatoria foram ocupadas por parlamentares governistas. Por tradição, as posições são compartilhadas entre a base aliada e a oposição. A CPI dos Correios também não seguiu a tradição de rotatividade entre Câmara e Senado na presidência e na relatoria. A vaga da presidência, ocupada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS), caberia a um deputado.
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, designou nesta manhã os 36 integrantes da CPI do Mensalão. Os 18 senadores e 18 deputados indicados terão 120 dias para apurar duas denúncias: o suposto pagamento de mesada pelo PT a parlamentares, para que seguissem a orientação do governo nas votações, e a possível compra de votos para a aprovação da emenda constitucional que permitiu a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República.
Para que as investigações tanto da CPI dos Correios quanto da CPI do Mensalão possam ser mais eficazes, Calheiros defendeu que as reuniões das CPIs para ouvir depoimentos ocorram mais do que duas vezes por semana, a contratação de peritos contábeis e bancários para ajudar na investigação e a instalação de um colégio de sub-relatores, que possam trocar informações entre as duas CPIs.
As informações são da Agência Câmara.
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