| 30/06/2005 01h14min
A ex-secretária da agência SMP&B Fernanda Karina Somaggio foi entrevistada no início da madrugada desta quinta no Programa do Jô, exibido pela Rede Globo.
Personagem da crise em Brasília depois de confirmar que o seu ex-chefe Marcos Valério de Souza estaria envolvido num suposto esquema de pagamentos a deputados da base alia da, em Brasília, Karina não deu nenhuma nova versão sobre o caso.
Karina é, em parte, responsável pelas investigações sobre o mensalão. Seu nome apareceu como testemunha do suposto esquema de mesadas quando ela concedeu entrevista para a revista IstoÉ.
Na entrevista a Jô Soares, a secretária classificou o empresário como grosseiro e disse que exercia uma função de confiança na empresa de Valério, com quem teria trabalhado nove meses. O publicitário move contra a secretária um processo em que acusa a ex-funcionária de extorsão, fato que ela nega.
Nesta terça, em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, Karina reafirmou que Marcos Valério mantinha contatos e realizava reuniões com freqüência com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o secretário-geral do partido, Silvio Pereira. Fernanda Karina voltou atrás em declaração anteriores de que o dinheiro para o mensalão aos parlamentares viria das estatais, afirmando não ter certeza disso.
A ex-secretária disse que deu diferentes versões à Justiça, à Polícia Federal e à imprensa por medo. Fernanda Karina contou que sofreu ameaças para mudar sua versão sobre o envolvimento de Valério e o pagamento do mensalão à Polícia Federal na véspera dos depoimento, relatando ter sido abordada por um motoqueiro quando saía do trabalho.
A secretária entregou a agenda de compromissos do publicitário para que a comissão pudesse analisar os encontros do publicitário com a alta cúpula do PT. Parlamentares reclamaram da falta de algumas páginas na agenda de 2003.
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