O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pediu nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito penal e a quebra do sigilo bancário do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). O senador é suspeito de ter se beneficiado de recursos oriundos do Banco do Estado do Pará (Banpará). Até então, o procurador-geral dizia que não existiam indícios contra Jader e que o crime de peculato já estaria prescrito. Para justificar a mudança, Brindeiro sustentou na petição entregue ao Supremo que "somente agora foi possível identificar, com objetividade, os beneficiários do esquema de desvio de recursos do Banco Estadual do Pará". Ele se apoiou em novos elementos e fatos descobertos em diligências do Banco Central e do Ministério Público Federal. O principal foi a identificação de 49 supostos beneficiários do esquema de desvio de verbas, entre os quais Jader, sua ex-mulher, a deputada federal Elcione Barbalho (PMDB-PA), e sua empresa, o Diário do Pará, além de familiares e empresas que prestaram serviços ao governo, naquela época.