Adversários e aliados do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), tentarão transformar o jantar que o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) oferece nesta quarta-feira à bancada do partido num apelo coletivo para que o presidente licenciado do Senado renuncie ao cargo. Por pressão do partido, Jader concordou em se licenciar até meados de setembro. Agora, a maioria da bancada do PMDB no Senado reivindica o afastamento definitivo de Jader da presidência da Casa e articula sua substituição por outro peemedebista. – A bancada se reúne muito pouco e vamos analisar a inserção do PMDB no cenário político – explica Suassuna, ao justificar o jantar. Em São Paulo, o senador José Sarney (AP) avisou que não vai ao jantar e não quis sequer comentar a situação do presidente licenciado do Senado. Um dos cotados para substituir Jader na presidência do Senado, José Fogaça, é outro que não quer dar margem para que o jantar se transforme num movimento pró-Jader. Por isso, pretende avaliar amanhã se irá ou não ao encontro. O senador Jefferson Péres (PDT-AM) defendeu ontem a renúncia de Jader à presidência do Senado, desde que a decisão parta dele mesmo. Segundo Péres, o relatório da comissão será conclusivo, ou para recomendar o arquivamento do caso, ou para pedir a abertura de processo de cassação do presidente licenciado do Congresso, se for provado seu envolvimento em irregularidades.