| 24/04/2002 21h08min
De passagem por Porto Alegre, a caminho do Rio de Janeiro, o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse nesta quarta-feira, dia 24, que o ex-governador Antônio Britto (PPS) faltou com a palavra empenhada ao ameaçar ser candidato ao governo. Em entrevista coletiva na sede estadual do PDT, Brizola reafirmou que a única alternativa ao nome de José Fortunati, admitida pelo partido para consolidação da Frente Trabalhista – aliança formada por PPS, PTB e PDT –, seria o do presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Sérgio Zambiasi (PTB).
O líder pedetista reforçou a cobrança que o vice-presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, tem feito a Zambiasi. Para Brizola, os argumentos do presidente da Assembléia Legislativa para não assumir a candidatura não são convincentes. Ele disse que continua a acreditar na manutenção da Frente Trabalhista no Estado e que vai tentar convencer Zambiasi a concorrer para preservar a união dos três partidos.
De acordo com Brizola, no início das negociações entre as direções nacionais do partidos, o nome de Antônio Britto não teria sido cogitado para concorrer ao governo do Estado pela Frente.
– Quando o pacote foi colocado na mesa, lá estavam o Roberto Freire (presidente nacional do PPS), o Ciro Gomes (candidato do PPS à Presidência), o Roberto Jefferson (vice-presidente nacional do PTB) e o Martinez (presidente nacional do PTB). Dei uma olhadinha, e o nome do ex-governador Antônio Britto não estava ali no pacote – disse.
Embora tenha vindo ao Estado especialmente para rebater as declarações de Britto, Brizola fez questão de demonstrar despreocupação com o ultimato do ex-governador, que prometeu se lançar candidato caso o impasse da Frente Trabalhista não se resolva até a próxima terça-feira.
– Ele que se vire com os minutos que o PPS tem na propaganda eleitoral gratuita – provocou.
Brizola disse que continua disposto a conversar dentro dos critérios estabelecidos desde o início das conversações nacionais. E acusou as direções estaduais do PPS e do PTB de terem se recusado a receber em Porto Alegre os líderes nacionais dos três partidos da Frente há cerca de 10 dias.
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