A União Européia (UE) pediu hoje aos Estados Unidos e ao Japão, as outras duas grandes potências comerciais presentes na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), que apresentem ofertas negociadoras "não reversíveis" a favor dos países pobres e reivindicou também avanços na agricultura.

Os comissários europeus do Comércio, Peter Mandelson, e da Agricultura, Mariann Fischer Boel, disseram em entrevista coletiva que é o momento de dar um "empurrão final" às discussões para a liberalização do comércio, objetivo da conferência ministerial da OMC que começou hoje em Hong Kong.

Mandelson disse que, apesar das acusações de outros membros, a UE é a única que colocou sobre a mesa uma oferta real a favor dos países menos desenvolvidos.

Fischer Boel ressaltou que a UE fez uma proposta "séria e ambiciosa" no âmbito agrícola, que permitiria uma grande abertura do mercado e avanços na Rodada de Doha, lançada há quatro anos com o objetivo de aprofundar na liberalização das trocas comerciais.

Os europeus pretendem aprovar nesta reunião um conjunto de medidas para promover o desenvolvimento dos países mais pobres (Least Developed Countries, LDC) e quer que outros membros façam propostas concretas e "não reversíveis" nesta área.

A UE reivindica que os EUA e o Japão apóiem uma abertura total de mercados, sem cotas ou tarifas, para os produtos dos países LDC, especialmente os agrícolas.

AGÊNCIA EFE