Pelo menos nove manifestantes ficaram feridos durante confrontos com a polícia em Hong Kong, no primeiro dia da 6ª Conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os tumultos ocorreram durante a manifestação convocada por cerca de 400 organizações não-governamentais reunidas em Hong Kong para expressar seu desacordo pela evolução das negociações agrícolas da OMC e à qual assistiram milhares de pessoas.

Cerca de 50 agricultores sul-coreanos se jogaram nas águas do porto Victoria de Hong Kong. Vestindo coletes salva-vidas de cor laranja e levando bandeiras da Coréia do Sul e, gritando, começaram a nadar rumo ao centro de convenções onde ocorre a conferência. Enquanto isso, outro grupo de agricultores sul-coreanos tentaram ultrapassar o cordão policial formado pelas forças de segurança, ateando fogo em sacos de arroz.

Segundo os meios de comunicação de Hong Kong, cerca de 4 mil pessoas participaram do protesto, embora esses números não tenham sido confirmados pelas autoridades de Hong Kong. Além de manifestantes da Coréia do Sul, também há ativistas brasileiros, filipinos, indianos e japoneses, entre outros, que temem que a abertura de mercados gerada pela liberalização comercial lhes obrigue a abandonar suas terras e a enfrentar o desemprego.

O Brasil participa das negociações, que incluem 149 países. O representante da Confederação Nacional de Agricultura, Gilman Viana, acredita que as negociações da OMC dificilmente trarão benefícios imediatos ao agronegócio brasileiro. Ele criticou as tarifas alfandegárias impostas pela União Européia e Estados Unidos.

AGÊNCIA EFE E RÁDIO GAÚCHA