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Irmão de Roseana é suspeito de receber benefícios no Maranhão

Episódios envolvendo governadora provocam queda em pesquisas eleitorais

O empresário Fernando Sarney, irmão de Roseana Sarney (PFL), é suspeito de ter se beneficiado de liberação de recursos no Maranhão. Os negócios envolvendo Fernando ocorreram durante o período em que esteve associado a uma rede de empresários que teria obtido, nos últimos 20 anos, os melhores contratos realizados no Estado. A rede também teria garantindo boa parte das verbas de investimento do governo.

Os episódios envolvendo a governadora do Maranhão e seu marido, Jorge Murad, já provocam queda de Roseana nas pesquisas eleitorais. Levantamentos feitos nos últimos dois dias mostram que Roseana interrompeu a curva ascendente. Segundo a pesquisa,  queda na preferência do eleitorado chegou a cinco pontos percentuais. O principal beneficiário é o candidato petista, Luis Inácio da Silva, que subiu dois pontos. Ciro Gomes, Anthony Garotinho e José Serra ganharam um ponto cada. O resultado oficial das pesquisas será divulgado na semana que vem.

Nesta sexta-feira,  o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria em que mostra que Roseana declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em 1998, pouco mais de 5% do valor que possuía em ações da empresa Lunus Serviços e Participações. A declaração de bens apresentada ao tribunal mostra que a governadora teria na época 2.137.490 cotas, que totalizariam R$ 114 mil. Já a Junta Comercial do Maranhão registra que de julho de 1996 a maio de 1999 Roseana possuía um capital social de R$ 2,137 milhões, com cada cota equivalente a R$ 1.Hoje, com 82,5% de participação na Lunus, a governadora possui R$ 2.415 milhões. 

A empresa ficou conhecida depois de ter sido invadida por agentes da Polícia Federal (PF), sob o comando do delegado Paulo de Tarso Gomes, no dia 1º. Os policiais cumpriam um mandado judicial de busca e apreensão da Justiça Federal de Tocantins, que investiga fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A operação foi vista pela governadora como uma ação política orquestrada pelo governo federal e pelo PSDB para minar sua candidatura presidencial. O caso gerou o rompimento do PFL com o governo federal.

Também nesta sexta-feira, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, determinou que “todos os filiados e indicados pelo partido que ocupam cargos na administração federal” peçam demissão. O alvo de Bornhausen é o presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carazzai, indicado pelo vice-presidente Marco Maciel. O dirigente disse que a retirada é uma questão de “ética e caráter”. Carazzai, que não é filiado ao partido, já disse que vai atender a convite do ministro da Fazenda, Pedro Malan, e ficar no cargo. A exceção foi feita ao secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, cuja nomeação foi considerada de caráter técnico.

 
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