| 16/11/2003 19h30min
Autoridades de segurança turcas e israelenses vasculhavam neste domingo, dia 16, os destroços deixados pelas explosões de dois carros-bomba perto de sinagogas em Istambul. Os ataques mataram pelo menos 22 pessoas e uma investigação turca, segundo uma fonte diplomática, determinou que eles foram realizados por suicidas que dirigiam os veículos carregados com explosivos.
Equipes do Mossad, serviço secreto de Israel, estão na região, de acordo com fontes. A polícia turca teria prendido três pessoas em conexão com as explosões, sendo duas mulheres que usavam lenços de cabeça ao estilo muçulmano, disse uma reportagem do canal NTV. A polícia não confirmou essa informação. Autoridades afirmaram que grupos internacionais, possivelmente incluindo a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, podem ter sido responsáveis pelos ataques da manhã de sábado.
– Vimos ontem (sábado), novamente, que o terror não tem limites. O terrorismo não diferencia religião ou sangue – declarou o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, durante o encontro semanal do seu gabinete.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Silvan Shalom, que voou para Istambul a fim de se reunir com líderes turcos e membros da comunidade judaica, colocou flores perto da grande cratera deixada por uma das explosões.
– O terrorismo atinge pessoas em todos os lugares e precisa ser combatido – disse Shalom, em meio a forte segurança. Ainda havia vidro quebrado no chão.
Shalom disse à rádio israelense que a Al Qaeda é um dos principais suspeitos pelo ataque. Jornais turcos foram rápidos em culpar Bin Laden.
– A Al Qaeda nos atingiu também – afirmou a edição de domingo do jornal Sabah.
O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, condenou os ataques, que feriram pelo menos 242 pessoas e destruíram carros e prédios ao redor das sinagogas.
– Nossa determinação de lutar contra o terrorismo na arena internacional continua, porque esse evento tem ligações internacionais – observou.
Autoridades turcas rejeitaram a alegação de que um grupo radical turco foi responsável pelos ataques, ressaltando que a organização não teria capacidade de planejar um ataque tão grande.
As informações são da agência Reuters.
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