| 03/11/2003 16h
Pelo menos 11 iraquianos foram mortos, seis dos quais baleados por militares norte-americanos desde o domingo, dia 2. A resistência da guerrilha é dura, ao contrário da que ofereceu o Exército regular iraquiano, esmagado pelos EUA há sete meses.
No domingo, 18 norte-americanos foram mortos nos ataques das guerrilhas, dos quais 15 eram militares que estavam em um helicóptero abatido perto da turbulenta cidade de Falluja. Outras 21 pessoas ficaram feridas. Soldados e jipes Humvee vigiavam os destroços do helicóptero Chinook na segunda. Perto dali, moradores da região, inclusive velhos e crianças, comemoravam o ataque, considerando-o um presente pelo mês sagrado muçulmano do Ramadã. O chamado "Triângulo Sunita'', onde o helicóptero foi abatido, é um celeiro de ódio aos Estados Unidos.
Horas antes, 18 militares feridos chegaram à base aérea norte-americana de Ramstein, na Alemanha. Alguns seriam atendidos no hospital Landsthul, nas proximidades.
O ataque de domingo foi o segundo mais sangrento para os norte-americanos no Iraque desde o começo da guerra, em 20 de março – no quarto dia do conflito, 28 soldados foram mortos em vários ataques. No total, 250 militares já foram mortos em ações hostis no Iraque. Entre os iraquianos, o número de mortes desde a invasão já chega aos milhares e continua aumentando.
Na noite de domingo, tropas dos EUA dispararam contra uma caminhonete perto de Balad, ao norte de Bagdá, matando seis iraquianos, segundo moradores. Soldados disseram que o veículo era suspeito de transportar rebeldes e que o incidente está sendo investigado. Testemunhas disseram que o grupo voltava de uma oração.
Em uma nota, a administração norte-americana no Iraque disse que Mustafa Zaidan Al Khaleefa, presidente do conselho do bairro de Karkh, foi assassinado na noite de domingo quando caminhava perto da sua casa. Os disparos partiram de um carro onde havia dois homens que fugiram.
Em Kirkuk, no norte do país, um morteiro lançado por desconhecidos, também na noite de domingo, matou duas pessoas e feriu seis. Em outro incidente, perto de Falluja, um menino de 11 anos foi morto aos ser pego no fogo cruzado entre militares dos EUA e guerrilheiros iraquianos, de acordo com testemunhas.
Na manhã de segunda ocorreu outro incidente, desta vez em Baquba, a nordeste de Bagdá. Um iraquiano morreu e sete ficaram feridos por causa da explosão de uma bomba num acostamento.
Com o ataque ao helicóptero, já são pelo menos 136 norte-americanos mortos em ações hostis desde que Bush declarou encerrada a fase de combates, seis meses atrás. A violência se intensificou na última semana. Em 26 de outubro, os militantes bombardearam um hotel da capital onde estava o subsecretário de Defesa Paul Wolfowitz.
As informações são da agência Reuters.
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