O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu nesta quinta, dia 23, que a comunidade internacional faça "doações generosas" ao Iraque. Annan fez o apelo na abertura de uma conferência de grande porte para arrecadar fundos para a reconstrução do país. O secretário afirmou que garantir um futuro próspero para o Iraque será um desafio de longo prazo que exigirá "envolvimento por muitos anos", mas lembrou que ação imediata é necessária.

Mais de 70 países e organizações multilaterais participam do encontro de dois dias em Madri, evento que tem forte apoio dos Estados Unidos, força ocupante do Iraque, ao lado da Grã-Bretanha. Washington busca mais de US$ 30 bilhões em doações, mas acredita-se que as doações não chegarão a este montante.

Apesar dos apelos, alguns países já haviam resistido a doar ao Iraque pós-guerra, devido à decisão de EUA e Grã-Bretanha de irem à guerra sozinhos, sem aprovação da ONU. Alemanha, França e Rússia – que lideravam o eixo antiguerra ao lado da China – enviaram funcionários de escalão mediano à conferência. O grupo se opõe ao que vê como controle desmedido do processo de reconstrução pelos Estados Unidos.

Embora os EUA já tenham comprometido US$ 20 bilhões para o esforço, alguns funcionários da Casa Branca esperam que a conferência resulte na doação de outros US$ 20 bilhões, que serão administrados pelo Banco Mundial, ONU e autoridades iraquianas.

As informações são da agência Reuters.