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O relatório sobre o atentado a bomba contra a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque revelou que algumas vidas poderiam ter sido poupadas se o sistema de segurança da entidade, considerado "falho" e "descuidado", tivesse feito alertas prévios e tivesse seguido suas próprias diretrizes.
A investigação realizada por um painel independente culpa o aparato de segurança em Nova York (EUA), onde fica a sede da ONU, e as forças no local do atentado, assim como os dirigentes da entidade, pelas falhas verificadas antes do atentado de 19 de agosto, no qual foram mortas 22 pessoas.
Entre as vítimas, estava o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, à época o principal representante da ONU no Iraque.
– A principal conclusão do painel é de que o sistema atual de segurança é falho – disse no relatório, divulgado nesta quarta, dia 22, o ex-presidente finlandês Martti Ahtissari, apontado pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para liderar a investigação.
– A implementação das regulamentações e dos procedimentos de segurança foi descuidada. A não-observância das regras de segurança tornou-se lugar-comum – afirmou o relatório.
A investigação também confirmou que a ONU, como disseram autoridades norte-americanas, recusou a oferta feita pelos EUA para prover segurança para a entidade porque queria se distanciar das forças de ocupação. Segundo Ahtissari, a segurança estava a cargo de várias agências de ajuda humanitária e de dirigentes da ONU. Não se sabia direito quem respondia pelo quê, não havia uma cadeia de comando clara, faltava dinheiro, sobrava burocracia e existiam poucos profissionais para avaliar os dados recolhidos por serviços de inteligência.
As informações são da agência Reuters.
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