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O ministro israelense da Segurança Interna, Tsahi Hanegbi, visitou nesta quarta, dia 22, um local sagrado para judeus e muçulmanos, o que irritou religiosos islâmicos que viram no gesto uma provocação. Segundo seus assessores, Tsahi Hanegbi passou 30 minutos no Monte do Templo, o santuário mais sagrado do judaísmo, conhecido e venerado pelos muçulmanos como Al Haram Al Sharif.
O ministério disse em uma nota que Hanegbi, acompanhado por seu vice e por policiais, estava inspecionando os preparativos de segurança para o Ramadã, mês muçulmano do jejum, que começa na próxima semana. O local fica na Cidade Velha de Jerusalém, uma área murada que já foi cenário de conflitos entre judeus e muçulmanos. Desta vez, a visita terminou sem violência.
O xeique Hussein al Khatib, diretor da entidade islâmica Waqf, reclamou de Hanegbi ter entrado na área da mesquita de Al Aqsa sem sua autorização.
– É uma visita provocativa e uma tentativa de assumir as nossas responsabilidades – disse Khatib.
A Waqf administra o santuário desde 1967. A entidade afirmou que proibiu a entrada de não-muçulmanos ao local depois da visita, em setembro de 2000, de Ariel Sharon, então líder da oposição e hoje premiê de Israel, que provocou tumultos.
O governo israelense decidiu recentemente permitir que judeus e turistas entrem no local, apesar das objeções da Waqf. O Ministério da Segurança Interna disse que a visita de Hanegbi também serviu para mostrar a liberação das visitas. A visita de Sharon ao local, em 2000, foi, segundo os palestinos, o estopim para sua atual Intifada (rebelião religiosa). Israel nega que esse tenha sido o motivo.
As informações são da agência Reuters.
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