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O presidente palestino, Yasser Arafat, está abatido por causa de uma forte gripe, mas não corre risco de vida, disseram assessores dele nesta quinta, dia 9, tentando controlar rumores despertados pela palidez de Arafat, de 74 anos, em sua mais recente aparição pública.
– Ele não está morrendo – disse uma autoridade palestina próxima a Arafat, negando que ele tenha tido um leve ataque cardíaco na semana passada, como noticiou o jornal britânico The Guardian.
Arafat, um veterano símbolo das aspirações palestinas à independência, parecia frágil na última terça, dia 7, quando deu posse ao novo gabinete. Assessores disseram que ele conversou com o primeiro-ministro Ahmed Qurie e com outras autoridades, mas não apareceu em público nesta quinta. A sessão do Parlamento, à qual Arafat deveria comparecer, foi cancelada devido às atuais disputas políticas internas. Além disso, Arafat cancelou um encontro que teria com uma delegação russa.
Um importante assessor disse que uma junta médica de egípcios, liderada pelo médico particular do presidente Hosni Mubarak, examinou Arafat na sede da Autoridade Palestina, em Ramallah.
– Eles colheram sangue e fizeram vários exames. O diagnóstico inicial é de que ele tinha uma gripe muito forte e um vírus estomacal – completou a fonte.
Por causa da doença, segundo os assessores, Arafat não come alimentos sólidos há 10 dias e não consegue engolir nem sopa. Ele perdeu peso, mas seu aspecto melhorou nos últimos três dias e ele já se mostra mais alerta, segundo os assessores. Um oficial israelense de alta patente disse que aparentemente Arafat não vai morrer.
– Não achamos que sua vida esteja em risco. Pelo que sabemos, ele teve alguns problemas com seu estômago. Ele está um pouquinho fraco, mas atuante. Está participando de reuniões. Não foi um ataque cardíaco – disse.
Em entrevista publicada nesta quinta pelo jornal palestino Al Quds, Arafat disse que sofreu dores estomacais, mas que já está se recuperando.
– As pessoas ao seu redor temem complicações por causa da sua idade, mas especialmente por causa das condições insalubres em que ele está vivendo, no seu gabinete. Outros examinam a possibilidade de que ele possa ter sido envenenado, por isso a junta médica colheu sangue – disse outro assessor.
Há dois anos Arafat está mantido em confinamento pelos militares israelenses na sede do seu governo, um complexo conhecido como Muqata, em Ramallah. No mês passado, Israel reagiu a atentados suicidas ameaçando "remover" Arafat. Israel e Estados Unidos acusam Arafat de incentivar a violência e prejudicar o processo de paz. Ele nega. As informações são da agência Reuters.
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